( Resenha ) Beijo na Testa é Pior do Que Separação - Felipe Pena @felipepena @primaveraeditor - Clã dos Livros

( Resenha ) Beijo na Testa é Pior do Que Separação - Felipe Pena @felipepena @primaveraeditor

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Primavera Editorial

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Resenha

O livro traz 40 crônicas cujo foco principal é a separação, no entanto o autor sagazmente conseguiu fazer nesse livro vários links com: política, amor, moda, literatura, jornalismo o que faz com que o livro se torne bem diversificado e possibilite que o leitor o leia e releia rapidamente. 

O autor se utiliza também de metáforas em alguns textos e todos dão destaque a uma frase principal. Os textos estão bem organizados e o livro, esteticamente bem feito, provoca ainda mais prazer na leitura. 

“(…) Deslizou o corpo pelo sofá, segurando no braço, para não cair. Olhou reto, certeira, nos olhos dele. Uma lágrima insistia em romper o bloqueio emocional, mas ela a segurou, refez o dique. Enxugou o canto, discretamente, dilatando a pupila para disfarçar. Ele se aproximou, curvou o corpo, tentou beijá-la na testa, mas ela o afastou. Beijo na testa era pior do que separação.”

Crônicas consistem em registros do cotidiano, narrações curtas, que são divulgadas geralmente em jornais e revistas e procuradas frequentemente pelos leitores que se afinizam com os autores e sua forma de escrever. Felipe traz no livro, crônicas já publicadas anteriormente e ainda algumas inéditas. 

“Crônica não é conto de fadas. Ninguém encontra o teu sapato, minha querida leitora. Na melhor das hipóteses, fique satisfeita com um paletó por cima dos ombros. O tintureiro no dia seguinte. Um belo café no sábado de manhã. 

Afinal, quem precisa de fadas?”

Posso dizer que adorei duas crônicas em especial, “Instruções para o meu funeral” que trata do fim da vida com muito humor e “De Lula para Collor em 2060” uma crônica sobre alguns fatos políticos que vivemos em nosso Brasil.

“Por mim, a festa não teria hora pra acabar. Quem inventou a morte não sabe o que é viver. Quem inventou a morte não sabe o que é a brisa lateral da praia do Pepê, o chope com os amigos do colégio, o futebol no domingo, a pele feminina molhada de suor. Quem inventou a morte não conhece a poesia do Rilke, os romances do Saramago, as sonatas de Chopin, a guitarra do Hendrix, os quadros do Portinari, o cinema de Fellini. Quem inventou a morte é um ignorante. Um tremendo ignorante.”

Felipe em uma de suas crônicas finais diz que espera que seus textos se tornem garrafas ao mar. Para quem gosta de crônicas, vale a pena ler!



Leia o primeiro capítulo:



5 comentários:

  1. Nossa, fiquei empolgada com este livro. Não fazia ideia que seria tão bom. Adorei os trechos que você colocou aqui. Muito bom. Vou ver se consigo ler.

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  2. Poxa quanto tempo não leio uma crônica! E achei muito legal vc trazer uma resenha pra nós. Fiquei com muita vontade ler!
    Beijinhos
    aculpaedosleitores.blogspot.com.br

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  3. Adorei o título!!! Eu não tenho costume de ler crônicas mas devem ser tão divertidas, por serem contextos do cotidiano e um enfoque mais rápido sobre o problema e a solução. Adorei!!!

    Beijos Michellen
    /(.”)__☆
    /||\
    _||_
    http://comente-se.blogspot.com.br/

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