( Resenha ) Cabeças de Ferro - Livro 1 da série homônima de Carol Sabar @grupopensamento - Clã dos Livros
Editora Jangada

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Resenha



Depois de ter sido obrigada pela mãe a estudar inglês na Califórnia, Maria Luísa da Silva, Malu, de 19 anos de idade, era agora uma caloura no curso de Engenharia de Produção na UNP, a Universidade de Ponto Sem Nó, pela qual era obcecada. Localizada no circuito histórico ao redor de Ouro Preto, Minas Gerais. Onde os alunos eram chamados de Cabeças de Ferro. 


Malu havia acabado de chegar para o trote, ciente de que os veteranos não tinham pena de ninguém. Seu melhor amigo, Nicolas, que estava no segundo período do curso de Direito, a avisou sobre os riscos. Desde um inconsequente beijo, ele passou a tratá-la de forma irritante e superprotetora, fazendo com que se sentisse desconfortável. 

"Meu pavor não estava exatamente relacionado à minha "morte" anunciada pelos veteranos. Mas ao carrasco destinado a me "matar"."

O trote funcionava de forma que o veterano aprovado em primeiro lugar no vestibular anterior aplicava o trote no calouro que tivesse obtido o primeiro lugar no vestibular daquele semestre. Cada calouro teria um veterano-carrasco. Sendo o de Malu, Artur Cantisani, alguém que ela odiava desde o sexto ano do Fundamental. Ela tinha 11 anos de idade quando foi submetida a uma cena de horror inesquecível e apelidada de Pikachu. Artur estava prestes a humilhá-la pela segunda vez na vida.

"Para ser aceita naquela restritíssima sociedade, eu precisava provar que merecia estar lá, precisava dançar conforme a música.
E tomar um trote vexatório era apenas o primeiro refrão."

Os veteranos conheciam o pavoroso apelido de Malu e sabiam exatamente como levá-la ás profundezas da humilhação. Artur continuava lindo, com seus olhos escuros e cabelos castanhos despenteados. Ela acreditava que como seu maior inimigo, ele estava explodindo de felicidade.


"Tudo aconteceu muito rápido.
De olhos bem fechados, esperei pela enxurrada de misturas fedorentas que Artur jogaria em mim. Pude ouvir o som do líquido sendo derramado da garrafa. Mas meu cabelo e minhas roupas continuaram secos.
Então abri os olhos.
Artur havia despejado o líquido na garota japonesa ao meu lado. Não em mim."
Artur desrespeitou um mandamento sagrado da Engenharia. A japonesa desesperada estava com as mãos cheias de mechas de cabelo, que começaram a se desprender de sua cabeça, ficou branca, começou a inchar muito, sufocar e desabou no chão, indícios de choque anafilático. Malu pediu ajuda, mas quando os estudantes compreenderam a gravidade da situação, correram apavorados. Logo, haviam restado apenas, Malu, Artur e Nicolas, que surgiu de repente contra o fluxo. 

Artur ligou para a emergência e afirmou não fazer ideia de qual substância provocou a reação alérgica, já que não participou da preparação do trote. Então, Malu pegou uma amostra da substância contaminada para ajudar a identificá-la. Os paramédicos levaram a garota, ainda inconsciente para dentro da ambulância e Malu foi junto, enquanto Nicolas tentaria entrar em contato com a família e Artur precisava resolver um lance.

"- Eu sou inocente - disse ele. - E você vai me ajudar a provar isso.
- Eu? - Soltei uma gargalhada.
- Você vai me ajudar porque é inteligente pra caramba, porque está em dívida comigo, já que, sem querer, quando joguei a mistura na Mariana, acabei te livrando de ficar careca... E principalmente porque, no fim das contas, você é a mais interessada em desvendar esse mistério."
A única garrafa contaminada com Agressílico era a que Artur deveria ter despejado em Malu, e isso, o incriminava. Haviam sabotado o trote da Engenharia e a pessoa que o fez queria matá-la. E, apesar de seus conflitos, Malu e Artur precisariam se unir para descobrir o verdadeiro culpado. 

Todavia, Malu também queria muito saber porque Artur desrespeitou as regras da Engenharia despejando a mistura em outra, e não nela.

"O maior mistério era o próprio Artur.
Ele escondia alguma coisa. Algo sobre o Caso do Bloco 14 ou sobre a humilhação que me fizera sofrer quando criança. Ou talvez sobre a sua própria vida.
Só não estava bem certa se, esse mistério, eu estava preparada para desvendar."
Um romance instigante, divertido, envolvente e recheado de mistério, com um toque de suspense. Narrado em primeira pessoa pela perspectiva da protagonista, Malu, descreve os fatos de forma clara e objetiva. 

Sou apaixonada pela escrita ritmada e inteligente da autora, desde que li Como (quase) Namorei Robert Pattinson. Os personagens são incríveis, bem construídos e irresistíveis.

A capa é linda, criativa, com elementos e cores diretamente relacionados ao conteúdo. A diagramação é simples, contém trechos em forma de diário com pensamentos da Malu. E a revisão é ótima.

Dou cinco estrelas e recomendo!!!


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