( Resenha ) Não Conte Nosso Segredo de Julie Anne Peters @hooeditora - Clã dos Livros

( Resenha ) Não Conte Nosso Segredo de Julie Anne Peters @hooeditora

Compartilhe:
Hoo Editora

Clique na capa e veja onde comprar

Confira a sinopse do livro AQUI.

Resenha

"Corte o final. Revise o roteiro. O cara dos sonhos dela é uma garota."

Não conte nosso segredo vai contar a história da descoberta de uma jovem adolescente não só sobre a sua sexualidade, mas também sobre a seus interesses acadêmicos, amizades e relacionamento familiar.

Holland Jaeger está no último ano do ensino médio, cheia de matérias para deixar o seu currículo o mais perfeito para as inscrições nas faculdades. Ela é presidente do conselho estudantil, popular e com um circulo de amizade composto por duas amigas de infância e seu namorado "perfeito".

Vive com sua mãe, padrasto e irmã. Alguns finais de semana recebe a visita da outra filha do seu padrasto com quem divide o quarto nessas ocasiões. Sua mãe engravidou jovem e Holl sente que não foi uma criança desejada, além disso sente a pressão da sua mãe quanto passar na faculdade e seguir curso de direito.

"Os olhos dela percorreram o estúdio e foram parar sobre mim. Eu quis desviar os olhos, mas não consegui. De algum modo ela me capturou, deixando-me fascinada."

A vida seguia seu curso natural até que chega Ceci Goddard , uma jovem loira um ano mais nova que Holland. O armário da novata era em frente ao da protagonista e logo no primeiro dia elas conversam. O que mais desperta o interesse na jovem é que por mais que ela fosse mais nova, já tinha uma confiança e força que Holl admirava. No primeiro dia na escola nova estava com uma camiseta com "SOU. E VOCÊ?" e um triangulo com as cores do arco-íris expondo para todos a sua sexualidade.

A partir daí Holland começa observar a jovem e por coincidência do destino ambas estão no curso básico de desenho. Os encontros no corredor antes das aulas e até mesmo as aulas de desenho vão aproximando as meninas até o ponto que uma não para de pensar na outra.

"Por que ela fazia com que eu me sentisse balançando à beira de um precipício? Um passo em falso e eu mergulharia no abismo."

Ceci pede para que Holl levar para aprovação do conselho da escola, a abertura de um clube LGBT. Nesse momento que a protagonista percebe como o preconceito está presente na escola e na sua cidade. Várias coisas começam acontecer com a caloura e até mesmo com ela quando passa apoiar a garota.

Em meio aos pensamentos de como não tinha percebido os preconceitos existentes na escola, de como ela se sentia com aquela situação e o que poderia fazer para ajudar, Holland percebe que o sentimento que tem por Ceci é amor.


"Ainda assim, ela fazia com que me sentisse mais viva do que nunca. Passarinhos azuis, borboletas no estômago e fogos de artifício."


A partir daí vamos acompanhar toda autodescoberta da jovem e os obstáculos que ela terá que cruzar para ser ela mesma. Preconceito e críticas de seus amigos e até mesmo de sua família além da própria sociedade e dos pensamentos que ela mesma tem.

"Quando isso havia começado? Será que Southglenn sempre foi assim? Tão hostil? Tínhamos uma política forte contra bullying, mas que diferença havia entre isso e abuso ou discriminação? Tudo tinha a ver com ódio. Deveria haver leis. Havia leis? É possível legislar contra o ódio? Por que não discutimos isso em nenhuma das aulas sobre política?"

Particularmente só tiveram dois pontos do desenvolvimento da história que não me agradaram, um é a rapidez com que Holl se aceita e decide buscar a sua felicidade (esse ponto foi bem de leve pois sei que existem pessoas bem resolvidas na vida diferente de mim que sou confusa hahaha). O outro foi uma atitude de Ceci que me deixou bem chateada. Mas quando fui classificar o livro esses pontos não abaixaram a nota por conta do bom conteúdo.

"Quem eram eles? Onde estavam se escondendo? Será que andavam pelos corredores temendo por suas vidas? Deus, eu nem sequer conseguia imaginar isso. Todos os dias precisando ser invisível para se proteger. Precisando aturar agressores e idiotas."

Um livro bem rápido e com a linguagem bem jovem. Autora consegue trazer a realidade de várias pessoas que precisam batalhar e sofrem o preconceito somente pelo fato de serem elas mesma. Com partes bem marcantes e que me emocionaram justamente por saber que acontece realmente com pessoas pelo mundo, situações muito tristes e que deixam a gente inconformada ao ver como algumas pessoas são capazes de machucar outras (seja física ou emocionalmente).

"Lição número dois: você não precisa fazer nada para ser odiada por ser gay."

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Bottom Ad

test banner