Harlequin Books Brasil
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Resenha
“Naquele momento, não existia razão dentro de mim, tampouco juízo, apenas as emoções se espalhando por cada centímetro do meu corpo, como combustível.”
A vida de Sol Leão era um
verdadeiro furacão. Isto, porque se tratava de uma youtuber, com um canal intitulado “Delírios de Juba”, que havia
acabado de atingir a marca de 6 milhões de inscritos.
Entretanto, ela amava a rotina
frenética e a agenda apertada. Na maioria das vezes, precisava correr contra o
tempo para conseguir dar conta de tudo. Contudo, mesmo nos momentos mais
desesperadores em que parecia prestes a fracassar, valia a pena só pela onda de
prazer que sentia depois que superava alguma dificuldade.
Sol se sentia bem-sucedida em
relação ao seu trabalho. Principalmente, porque tudo o que já havia alcançado
até aquele momento, foi sozinha, com suor, persistência e dedicação. Mas, saber
que ainda havia tanto para conquistar dava a ela o sentimento de urgência, por
isso trabalhava sem parar.
“Sentia como se pudesse dominar o mundo se quisesse, bastava me esforçar bastante para isso. E era exatamente o que estava fazendo.”
Sol começou seu canal em uma
fase bem complicada. Tinha dezessete anos na época. Ela se sentia sozinha na
maior parte do tempo, afinal de contas, sua mãe era uma verdadeira “workaholic”.
Por fim, não tinha com quem
conversar, considerando que sua mãe dividia o tempo entre o trabalho e a
malhação obsessiva. Enquanto, sua melhor amiga, Clarice, estava ocupada demais
sendo consumida viva pela faculdade. A solidão vinha deixando Sol maluca.
Assim sendo, certa tarde ligou
sua câmera e começou a jogar as palavras para fora, sem pretensão alguma. O sucesso
não veio rápido, mas veio. Cinco anos depois, Sol estava certa de que nada mais
no mundo a fazia tão feliz.
“Quis morrer com todas as minhas forças. Prometi para mim mesma nunca mais confiar no gosto de um desconhecido. E também nunca mais sair de casa usando chinelos, para não correr o risco de precisar confiar no gosto de um desconhecido.”
A internet podia ser ao mesmo
tempo libertadora e carrasca. Com isso, um detalhe tão insignificante quanto a
escolha errada de um sapato para um evento, por exemplo, podia tomar proporções
catastróficas.
Depois de ser deixada na mão pelo
noivo, André, que achava que tudo poderia se resolver com um jantar, Sol se
sentia irritada. No entanto, ele sempre conseguia persuadi-la e acabavam se
entendendo.
Fazia pouco mais de seis meses
que Sol e André estavam namorando, quando ele a pediu em casamento. Podia parecer
uma decisão precipitada, mas a verdade era que o relacionamento deles foi muito
intenso, desde o início.
“Odeio a internet.
Odeio essas pessoas idiotas. Odeio me importar tanto com elas. Odeio ser uma fraude.”
Durante um momento constrangedor,
Sol acabou conhecendo, Júpiter. Cuja mãe, queria que seus filhos tivessem nomes
únicos, para que ninguém jamais os esquecesse nem os confundisse com outras
pessoas. Assim sendo, eram três: Saturno, Vênus e Júpiter.
“Meu foco permanecia no movimento de sua língua e na bolinha prateada e em como aquilo era sexy demais. Minha mente foi bombardeada por imagens irresistíveis envolvendo nós dois, sobretudo sua língua e todas as possibilidades para ela.”
Sol descobriu que os pais de
Júpiter haviam se conhecido em um festival de música eletrônica, que eram meio
hippies e bem diferentes, o que refletiu bastante na maneira como ele e os
irmãos foram criados. Eles costumavam viajar muito em um trailer, que sua mãe
acabou transformando em um food truck vegano.
Júpiter tinha um jeito muito
gostoso de falar, envolvente e suave. Ele imprimia as emoções em cada palavra. Trazia
verdade para cada uma delas. Logo, Sol estava fascinada, não somente por uma
coisa, e sim por um punhado de motivos variados.
“Cheguei ao apartamento com uma sensação esquisita me dominando. E, mesmo depois de termos nos despedido, permaneci com os pensamentos focados na insanidade que era sua companhia e em como ele tinha me abalado.
Merda, Júpiter... você é mesmo inesquecível.”
Sol não conseguia entender o
que havia acontecido. Ela não conseguia parar de pensar nos encontros
inesperados e nada convencionais com Júpiter. Os caminhos deles tinham se cruzado
por pura ironia do destino, porque pertenciam a mundos completamente diferentes.
Tudo aquilo deixava Sol
desestabilizada. Principalmente, porque com André nunca conseguia falar. Mas,
as conversas com Júpiter duravam horas e eles nem viam o tempo passar.
Um romance extremamente fofo,
que conquistou o meu coração. Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista da
protagonista, Sol. Deste modo, fez com que eu mergulhasse facilmente na
história, vivendo cada momento como se estivesse no lugar dela.
A escrita da Lola é
inteligente e delicada. Tudo está perfeitamente alinhado. Os personagens são
maravilhosos.
A capa é linda, com detalhes
que me encantaram e letras em baixo relevo com acabamento brilhante. A diagramação
é incrível, repleta de elementos condizentes com o enredo e a revisão é
exemplar.
Dou cinco estrelas e com
certeza recomendo!!!
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