( Resenha ) A Rainha de Tearling @Suma_BR - Clã dos Livros
Suma de Letras
Clique na capa e compre o livro na Saraiva

Leia a sinopse AQUI.

Resenha


Kelsea foi enviada para longe de seu reino, de casa, quando tinha apenas um ano de idade. Criada por Carlin e Barty ela acabou sendo privada de muitas informações sobre seu passado, como também do passado de seu reino. A única certeza que tinha era que quando completasse dezenove anos a guarda real viria buscá-la para que pudesse assumir o trono de Tearling, que era seu por direito, já que possuía a cicatriz em um dos braços e uma joia dada por sua mãe assim que foi enviada aos cuidados de Carlin e Barty.

Enquanto vivia isolada de tudo, Kelsea acabou encontrando refúgio nos livros e aprendendo um pouco sobre a história de Tearling. Ela sempre se sentiu isolada e não compreendia quais eram os motivos para sua mãe, morta há muitos anos, tê-la isolado do mundo, mas agora com sua nova realidade e responsabilidade, ela começava a compreender tudo.

Chegou o momento de Kelsea assumir o trono e ser a nova rainha de Tearling. Mas ela pouco sabe sobre seu reino e os perigos que vai correr por ser a nova rainha. Por anos seu tio, o regente, a procurou para eliminá-la, sem contar que também tem a Rainha Vermelha, que por muito pouco não invadiu Tearling anos atrás e deseja mais do que tudo, sua cabeça e as joias que possuí.

Assim que sai das imediações da cabana na qual cresceu, Kelsea começa a compreender o seu novo papel e a grandeza de tudo o que está acontecendo. Mas a verdade é que para chegar a Fortaleza ela correrá riscos, e talvez nem a guarda mais fiel, será capaz de livrá-la de seus perseguidores.

Kelsea acaba conseguindo chegar a Fortaleza, mas a situação de seu reino é deplorável. Ela descobre que sua mãe não foi nem de perto a mulher que imaginou que tinha sido e que as duas eram completamente diferentes. Sua mãe tinha sido uma rainha fútil, vaidosa, que colocou seu povo praticamente sob os poderes da Rainha Vermelha, já que, desde que Tearling foi praticamente invadida, como um tratado de paz, mais de duzentas pessoas eram enviadas todos os meses para que a Rainha Vermelha fizesse com eles o que bem quisesse. Quebrar o tratado é a primeira coisa que Kelsea faz como a rainha de Tearling, mesmo que sua decisão de acabar com o acordo, possa colocar seu reino em risco iminente.

  "— Ainda não fui coroada, Lazarus. — Não interessa, Lady. Percebo a realeza que há na sua pessoa e nunca a enxerguei em sua mãe, nem um dia sequer na vida dela."
"... A nova rainha já provara que não era como o regente; ela se importava tanto com os humildes quanto com os nobres. Por isso, Thorne determinou que ela tinha de ser eliminada."
Se antes de assumir o trono Kelsea já tinha inimigos, com suas decisões e atitudes como rainha, acabou ganhando muitos outros. Mas se engana quem pensa que isso acabou abalando-a, pelo contrário, ela é muito forte e determinada. Não se sente intimidada, e quando decide algo não se retrai, nem quando discordam de suas decisões. Mesmo sendo totalmente inexperiente e desconhecendo muitas coisas sobre seu povo, ela não se intimida por ser uma rainha e ter que tomar decisões difíceis. A verdade é que mesmo não tendo total entendimento de como ser uma rainha, é como se ela tivesse sido preparada a vida toda para reinar, para ser uma rainha e lutar pelos seus, não importando as consequências que suas decisões acarretariam.

"[...] Pensou na Rainha Vermelha, na primeira vez em que a vira, um momento de tamanho horror misturado a anseio que ainda tinha o poder de gelar seu coração. Então pensou na garota, levantando-se do chão com a faca nas costas. Talvez ela conseguisse libertar todos do atoleiro que haviam criado. Coisas estranhas tinham acontecido na história de Tearling. Talvez ela fosse mesmo a Rainha Verdadeira. Talvez."
Suas decisões e lealdade para com seu povo serão testadas a todo momento, até que ponto Kelsea, a rainha de Tearling, será capaz de ir pelo seu reino e pelo seu povo?

A impressão que fica é que a história de A Rainha de Tearling se passa na era medieval, mas com as referências de coisas da nossa atualidade fica evidente que se trata de uma distopia futurística, mas que mostra como a sociedade em vez de evoluir, regrediu. Livros, ensinamentos, tecnologia, são coisas que já não fazem mais parte da Nova Londres, capital de Tearling.
Eu gostei bastante da história e da leitura, mas é um livro para se ler com calma, apreciando cada momento, já que a narrativa é rica em detalhes e com muita ação desde as primeira páginas.

Kelsea foi uma personagem e tanto! Foi muito interessante acompanhar sua força e garra. Ela é uma rainha empoderada, e foi incrível ver isso tão evidente em uma história sobre poder, traição e lealdade. Ama livros e fará o possível para propagar a leitura para seu povo. Sem contar que as joias que recebeu quando criança, serão essenciais para a excelência de seu reinado.

A Rainha de Tearling é o primeiro livro de uma série, e o que posso dizer é que já estou completamente ansiosa pelo segundo volume. Ficaram muitas perguntas sem respostas e, claro, ainda tenho muita expectativa pelo o desfecho.

Temos muita ação, magia, visões, traições, lealdade da guarda real, apoio, vingança, devoção... E espero encontrar tudo isso e muito mais nos próximos livros da série.

As notícias que temos é que o livro será adaptado para o cinema com Emma Watson. Já quero essa adaptação rsrs.

O livro é todo narrado em terceira pessoa, e com isso temos um vislumbre do que se passa com a maioria dos personagens. A edição é linda! A capa condiz muito bem com a história.

Recomendo!

"— Em que meu reinado está baseado? — Na justiça, Lady. Na compaixão. Se vai ser bem-sucedida, nenhum de nós sabe; sem dúvida é mais fácil manter o poder pelo medo..."

2 comentários:

  1. Taty!
    Que dinâmica interessante do livro, como uma distopia futurista, mas que reporta a comportamento da era medieval, fiquei cheia de curiosidade para ler.
    Confesso que achei que seria mais um romance de época e fico contente em ver que vai bem além disso...
    Desejo uma ótima semana!
    “Como eu não tenho o dom de ler pensamentos, eu me preocupo somente em ser amigo e não saber quem é inimigo. Pois assim, eu consigo apertar a mão de quem me odeia e ajudar a quem não faria por mim o mesmo.” (Desconhecido)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE JUNHO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Olá!
    Achei sua resenha ótima! Só tinha pensando nesse livro até agora como uma história medieval. Agora com certeza lerei com outro olhar.
    Beijos!

    Books & Impressions

    ResponderExcluir

Post Bottom Ad

test banner