TusQuets Editora
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Resenha
"A vida muda quando as mensagens de amor não são para você. Aquela mensagem de amor, que chegou como um relâmpago, inesperado e eletrizado, mudou a minha vida."
Blitz é uma tragicomédia narrado em primeira pessoa pelo protagonista Beto.
O início já te prende, pois o autor começa com essa passagem que está no começo da resenha. Então logo já somos jogados na vida do nosso protagonista e todos os sentimentos e situações vividas no espaço de tempo em que ele namorou com Marta.
Beto é um paisagista e está em Munique para uma apresentação de um projeto de jardim em um concurso. Marta também trabalha com ele e o acompanha nessa viagem de negócios, que acaba se tornando uma confusão de sentimentos e decisões para Beto.
"Marta fora a luz da minha vida, a força que me fazia continuar em atividade e lutar por projetos quando ninguém os solicitava. Marta era minha sorte grande, e com ela ao meu lado sentia-me invencível e afortunado. Gostava de brincar com o nome dela dizendo que ela viera de Marte para me resgatar, para fugirmos juntos. Marta veio de Marte. Marta foi meu exílio, o planeta que me acolheu num tempo em que nos sentíamos expulsos de nossa própria cidade, desamparados, despejados de nosso lar."
A passagem em questão não era para Beto e ela desencadeia o término do namoro de tantos anos dele com Marta. Confuso e totalmente perdido, o protagonista decide ficar em Munique para poder decidir o que fazer quando retornar para Espanha.
Essa decisão vai levá-lo a diversas situações cômicas e ao mesmo tempo trágicas que você nem acreditaria se algum amigo te contasse, mas que são bem reais quando se trata de alguém com coração partido e sem rumo na vida.
"Meu mundo ideal desmoronava, mas eu mentia para mim mesma, não tenha dúvidas disso. Assim como você mente para si mesmo agora. Porque o que nos fere não são as pessoas, e sim ver nossos ideais destruídos, é isso que despedaça a gente."
E entre essas situações ele acaba se envolvendo com uma senhora mais velha, Helga, que trabalha no congresso e resolve ajudá-lo quando fica sabendo da sua história e vê sua situação.
O livro, apesar de ter poucas páginas, possui uma escrita diferente. O autor não utilizou de travessão para separar as falas da narrativa. Além dos parágrafos serem compridos com a sensação de tudo está escrito em um bloco só por página. O primeiro capítulo é o maior tendo em vista que foi dividido por meses e Janeiro foi o que mais tem conteúdo por se tratar do maior acontecimento, mas os outros capítulos são menores e bem interessantes.
"Moldado pelas porradas da vida seria uma expressão mais precisa para descrever o que a gente é."
A história traz várias reflexões de Beto sobre a vida e também podemos perceber os conflitos internos que ele tem ao decorrer da história. Assim como a maneira como ele tenta solucionar esses conflitos. Algumas vezes de forma "correta" e as vezes de maneira estranha, mas até nisso podemos perceber como os sentimentos fazem com que tomemos as decisões mais malucas.
"Mas a dor gera em nós paranoias irracionais."
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