( Resenha ) Minha Lady Jane de Cynthia Hand, Brodi Ashton e Jodi Meadws @grupoautentica - Clã dos Livros

( Resenha ) Minha Lady Jane de Cynthia Hand, Brodi Ashton e Jodi Meadws @grupoautentica

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Gutenberg Editora

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Resenha

Minha Lady Jane foi uma grande surpresa. Nada poderia me preparar para o que encontrei nas 364 páginas. 

Nesse livro personagens históricos são reinventados de maneira brilhante em um enredo divertido, animadíssimo, com muita aventura, fantasia, intrigas, conspirações políticas e  um romance delicioso. 

As autoras se aventuraram em reescrever o que aconteceu com os jovens nobres da Inglaterra bem no meio do século XVI. Acrescentaram fantasia, romance e muitas aventuras, salvando alguns personagens que na verdade não tiveram sorte e nos presenteando com um livro maravilhoso e imperdível para quem curte humor inteligente, aventuras e certamente para quem ama romance de época e históricos.

Em Minha Lady Jane temos três protagonistas que se revezam na narração em terceira pessoa
de toda história: Eduardo Tudor, Jane Grey e Gifford Dudley (Gê). 

Eduardo VI, o jovem rei está a beira da morte. Ele não sabe o que fazer, mal governa seu próprio reino, deixando tudo a cargo de seu conselheiro. Ele sofre sabendo que nunca vai experimentar a vida de verdade, já que sua morte está chegando cedo demais. Mas decisões precisam ser tomadas para o bem da Inglaterra, mesmo que ele realmente não tenha pensado nisso. Colocar sua prima como a próxima na linha de sucessão ao trono, foi a decisão importante antes de sua "partida", que parecia inevitável. Ela reinaria até que um herdeiro homem nascesse. Assim Eduardo evita que sua cruel irmã Maria (conhecida como Maria Sangrenta ) reine após sua morte.

" As únicas horas em que Eduardo já tinha visto Maria se divertir na vida foram quando algum traidor era decapitado ou quando algum pobre ediano era queimado vivo em um poste. A irmã tinha uma sede se sangue surpreendente quando o assunto era edianos."

Isso queria dizer que Eduardo teria que convencer sua prima querida, sua melhor amiga, a se casar com alguém que ela realmente não conhecia. O rapaz era bonito e nobre, mas vivia metade de seu dia como um cavalo. Não, isso não é brincadeira, esta é a parte de fantasia do enredo, que nos rende algumas cenas interessantes e muitas vezes engraçadas. Um grupo de humanos  chamados de edianos, tem a capacidade de se transformar em animais e o jovem Gifford (Gê) vira um garanhão durante o dia. Isso não seria realmente um problema para Jane, já que ela tem fascinação por edianos.

"Gifford Dudley era injustamente lindo; incrivelmente alto e bem torneado no pescoço e nos ombros, (...)"
" Mas o encanto logo se desfez.
Bom, então ele era bonitão. (...) O nariz perfeito não serviria de desculpa para o seu mau comportamento."

Lady Jane é uma devoradora de livros. Ela é inteligente e muito interessante. Uma jovem de opinião, que sabe muito sobre muitos assuntos, principalmente sobre os edianos. 

Já Gifford, que prefere ser chamado de Gê, é na verdade um poeta, de bom coração, apesar de adorar cavalgar livremente durante os dias.

"(...) Mas havia prometido ao rei que contaria a Jane, e uma promessa era uma promessa. Então, logo antes de ficar escuro, ele balbuciou contra o chão:
- Mia efpova .. eu zooooou um cavaaaau.
- Desculpe, eu não entendi - veio a voz de Jane de algum lugar em meio às nuvens escuras (...).
Ele não conseguiu repetir. Além do mais, não era culpa sua se a mulher não tinha conseguido entender suas perfeitas palavras."

Jane e Gifford são avessos a este casamento arranjado, mas ficam sem alternativa. A relação dos dois começa aos trancos e barrancos, mas após algumas pequenas aventuras, os dois começam a se conhecer e percebem muitas coisas em comum. Mesmo assim passam por momentos de insegurança, com ciúmes, tentativas de aproximação e muitos diálogos hilários. Adorei!

"- Tem certeza de que a sua forma ediana real não é a de um jumento? - Jane falou de olhos semicerrados. "

Ambos estão no meio de uma intriga que vai acabar colocando-os em grande perigo. Fugas inusitadas, muitas aventuras e a prova do que sentem um pelo outro, fazem parte dos momentos vividos a partir daqui. 

O rei Eduardo também é um dos protagonistas do enredo de Minha Lady Jane. Ele escapa do castelo após uma descoberta surpreendente e busca por manter-se vivo, longe dos muros da fortaleza e dos conspiradores. Nesta fuga acaba encontrando com uma ediana especial que passa a fazer parte de seus dias de recuperação e luta. Eduardo começa como um rei ingênuo e facilmente manipulável, mas amadurece depois de passar por poucas e boas e começa a enxergar seu reino e seus súditos de maneira diferente. 

O livro é dividido em duas partes. A primeira nos conta a história (claro que repleta de fantasias imaginadas pelas autoras), mas seguindo os fatos vividos por Jane, já na segunda parte, as autoras se dão o direito de brincar mais ainda com o enredo e carregar os personagens como bem entendem, sem seguir os fatos históricos.

Esse livro é fantástico. Nas primeira páginas me senti um pouco confusa, mas só precisei chegar ao capítulo quatro para me encontrar na história e não largar mais. O romance é muito fofo e ficamos torcendo para que eles se mantenham vivos e encontrem uma maneira de resolver os problemas. Os diálogos são ótimos, os personagens tem personalidade e defeitos reais que os tornam mais interessantes. 

A capa é linda, segue a original e mostra Lady Jane. A diagramação é bonita e confortável. Em cada abertura de capítulo narrado por um dos personagens temos um símbolo. Eduardo : uma coroa. Lady Jane : livros. Gifford (Gê ) ; um cavalo.

Amei, me surpreendi e recomendo!

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