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Resenha
“Os vivos estão alcançando os mortos. Quando Arthur C. Clarke escreveu a respeito, em 1968, eles nos superavam numa proporção de trinta para um. Mas nos multiplicamos tão rápido que agora só há quinze fantasmas para cada um de nós.”
Angie
tinha mais um ano de ensino médio pela frente, depois vinha o futuro. Dessa
forma, não tinha ideia do que fazer da vida, de qual era o seu lugar ou de como
compensar todo o sacrifício que sua mãe fez por ela.
Angie
sempre acreditou que seu pai estava morto. Com frequência o havia imaginado ao
seu lado, liderando sua pequena tribo de fantasmas, todos os quinze.
Até
que ela descobriu indícios de que seu pai poderia estar vivo. Portanto,
resolveu viajar para Los Angeles a procura dele, acompanhada pelo ex-namorado, Sam.
“Ela vê o futuro como um diamante no fim do túnel. Aprendeu a focar nele, lutar para alcançá-lo, mantê-lo em mente.”
Angie
não sabia bem onde a história começava. Aquela que a levou ao momento, no jipe
de Sam, com toda a segurança que conheceu se desfazendo rápido conforme a
cidade ficava para trás. Talvez houvesse um início em algum lugar, através da
vida dos pais, dos avós, gerações de fantasmas invisíveis.
“Com certeza quase todas as pessoas no mundo, os sete bilhões, já tiveram seu coração partido, mas quantas delas foram tolas o bastante para fazer isso consigo mesmas?”
Angie
e Sam se conheceram a cinco anos. Ela estava no parque com Vivian, uma menina
de quem era amiga desde o quarto ano, quando uma bola voou na direção delas,
quase acertando o rosto de Angie, e Sam se aproximou.
Angie
estava apaixonada, porém, algum tempo depois encontrou Sam aninhado atrás de
uma árvore, com outra garota que parecia mais velha. Depois disso, ele não reapareceu
em sua vida até o inverno do nono ano.
Depois
que perdeu a virgindade com ele, ela o evitou por dias, desejando poder voltar
ao tempo em que as coisas entre os dois eram fáceis, quando ele a fazia se
sentir segura. Então, o término deles simplesmente aconteceu, depois que Sam
disse que a amava e Angie afirmou que não se sentia preparada.
“Quando chegou ao fim do ano escolar, com dezessete anos, faltando só mais um para se formar, era como se houvesse uma ladeira sob seus pés.”
Angie
estava em busca de respostas sobre o que realmente aconteceu com seu pai e
sentia-se determinada a encontrar algo. Desse jeito, acabou descobrindo mais
sobre si mesma, sobre sua mãe e sobre tudo aquilo que questionou durante a
maior parte de sua vida.
Da
mesma autora de Cartas de Amor aos Mortos, este é um romance profundo e
emocionante sobre mães e filhos, que traz lições muito importantes sobre a
valorização da família. Narrado em primeira pessoa intercala entre os pontos de
vista das protagonistas, Angie e Marilyn.
A
escrita da autora é sensível e inteligente. Sendo a trama conduzida de forma
exemplar.
Contém
algumas passagens de tempo que solidificam a história. Os personagens são muito
realistas, fazendo com que o leitor se sinta o tempo todo no lugar deles.
A
capa é linda, repleta de elementos e cores que se harmonizam. A diagramação é
fofa e a revisão ótima.
Dou
cinco estrelas e recomendo!!!
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