Editora Gutenberg
Resenha
A Escola
do Bem e do Mal é o primeiro livro da Trilogia homônima, que proporciona ao leitor
uma jornada épica em um mundo novo e deslumbrante!
“Naquela noite elas sonhavam com um ladrão de olhos vermelhos e corpo de fera, que vinha arrancá-las de seus lençóis e sufocar seus gritos. Sophie, por sua vez, sonhava com príncipes.”
Sophie
vinha esperando a vida inteira para ser raptada. Porém, todas as outras crianças
de Gavaldon temiam que o Diretor da Escola do Bem e do Mal as levasse, pois,
elas não voltariam e, assim sendo, nunca mais veriam suas famílias.
Todos
achavam que Sophie seria levada e, com isso, o pai dela, Stefan, fez todo o
possível para evitar. Afinal de contas, desde que a esposa morreu, só tinha a
filha. Entretanto, ela acreditava que ele não conseguia ver o quanto era
especial, pelo menos, não como a mãe tinha visto.
“— Você é linda demais para este mundo, Sophie, dissera ela, entre seus últimos suspiros. Sua mãe tinha ido para um lugar melhor, e agora ela também iria.”
Sophie
desejava ser levada para a floresta, onde começaria uma nova vida e viveria seu
conto de fadas. Portanto, começou a se preparar.
A melhor
amiga de Sophie, chamava-se Agatha e vivia em um cemitério. Por abominar coisas
fúnebres, cinzentas e mal iluminadas, era de se esperar, que preferisse encontrá-la
em seu chalé, ou que procurasse uma nova melhor amiga. Mas, em vez disso, todos
os dias, Sophie a visitava.
Agatha
não tinha amigos e por ser esquisita, todos achavam que era uma bruxa. Ela sempre
relutava em receber Sophie, contudo, acabavam se divertindo muito juntas.
“— Como pode uma cidade inteira acreditar em contos de fadas?— Por que eles são reais.
Agatha parou de caminhar.
— Não é possível que você acredite que a lenda seja verdade.
— É claro que acredito, disse Sophie.”
Na Escola
do Bem eles ensinavam meninos e meninas como Sophie a se tornar heróis e
princesas, a governar seus reinos de forma justa e a encontrar o felizes para
sempre. Na Escola do Mal eles ensinavam meninos e meninas como Agatha a se
tornar trolls corcundas e bruxas malvadas, e como lançar maldições e pragas.
Em alguns
anos, dois meninos eram levados, em outros, duas meninas e, certas vezes, um de
cada. O Diretor só levava aqueles que haviam passado dos 12 anos e já não
podiam disfarçar-se de crianças. Um era sempre um lindo e bom, o filho que todo
pai gostaria de ter e, o outro, era rude e estranho, um excluído desde o
nascimento.
“Um par oposto, arrancado de sua juventude e levado para longe.”
Sophie
foi enfim levada, no entanto, acabou sendo jogada na Escola do Mal, enquanto
Agatha, acabou indo parar na Escola do Bem. Incrédula, Sophie não acreditava que
estava naquele lugar horrível. Portanto, precisava encontrar alguém que pudesse
olhar a lista de alunos matriculados e ver que estavam equivocados.
“Agatha sempre havia tentado convencer-se de que a beleza era sem sentido por ser temporária. Ali estava a prova de que durava para sempre.”
Agatha
se sentia compelida a consertar todo aquele engano para salvar Sophie. Quem quer que fosse, que as levou para aquele lugar, sem dúvidas, poderia levá-las
de volta para casa.
Enquanto
os Sempre sonhavam com amor e felicidade, os Nunca buscavam um mundo de solidão
e poder. À medida que as visões sinistras gelavam seu coração, Agatha sentiu o
choque da verdade. Ela era uma Nunca e Sophie uma Sempre, desta forma, se elas
não fossem logo para casa, não poderiam mais ser amigas.
Um romance
fantástico, cheio de acontecimentos eletrizantes que fisgaram o meu coração. Narrado
em terceira pessoa permite maior aprofundamento na trama, envolvendo-nos do início ao fim.
A escrita
do autor é inteligente e ritmada. Os personagens são, no geral, carismáticos e
muito bem construídos.
A capa
é linda, repleta de elementos que fazem parte da história. A diagramação é
incrível, constituída por ilustrações perfeitas. A revisão é exemplar.
Dou cinco
estrelas e, com certeza, recomendo!!!
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