( Resenha ) Sem Coração de Marissa Meyer @editorarocco - Clã dos Livros

( Resenha ) Sem Coração de Marissa Meyer @editorarocco

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Editora Rocco

Leia a sinopse AQUI.

Resenha

“Um tremor desceu pelas costas do vestido. Ela ainda conseguia sentir a curiosidade que puxava seu peito, a necessidade de ir atrás dele. 
Mas foram os olhos dele que mais a assombraram. Amarelos e brilhantes, doces e ávidos. Os olhos brilhavam como limões prontos para cair de uma árvore.”

Lady Catherine Pinkerton, ou apenas, Cath havia perdido a noção do tempo, enquanto preparava suas fabulosas tortas de limão. Portanto, acabou se atrasando para o baile do rei, sobre o qual todos falavam, como se ele não fizesse festas toda hora. 


Durante o tempo em que se arrumava, a criada Mary Ann comentou que o sapateiro da Rua Principal estava se aposentando e, por conta disso, deixaria a loja vazia no fim do mês. Assim sendo, aquela localização seria perfeita para elas abrirem uma confeitaria. 


Entretanto, a mãe de Cath jamais permitiria que a única filha, herdeira do Recanto da Pedra Tartaruga, entrasse no mundo dos negócios dos homens, principalmente se tivesse como sócia uma simples empregada. Além do mais, ela diria que confeitaria era trabalho para criados e detestaria a ideia de que Catherine planejava usar o dote do próprio casamento para abrir o negócio. 


Mas, Cath e Mary Ann estavam sonhando havia tanto tempo, que às vezes esqueciam que não era realidade ainda. Seus doces e sobremesas ganharam fama no reino, e o próprio rei era o maior fã, o que poderia ser o único motivo para que a mãe de Cath tolerasse seu hobby. 


“Ele parou de ronronar o suficiente para dizer:— Você não é tão fofa quanto pensa, Lady Pinkerton.
Cath deu um tapinha no focinho de Cheshire e se afastou.
— Você poderia fazer seu truque de desaparecimento, e todo mundo ia pensar: Minha nossa, olhe a cabeça redonda puxando aquela carruagem pela rua!”





Depois de uma apresentação fantástica no baile, o novo bobo da corte era o assunto mais comentado. Embora, as pessoas não tivessem a menor ideia de quem era e nem de onde veio, o que, sem dúvidas, parecia muito estranho. 


Segundo Cheshire, ele apareceu no portão do palácio, já usando traje de bobo, e pediu uma audiência com o rei. Desta forma, fez um truque ou dois de magia e, por fim, conseguiu o emprego. 


“Copas era um reino tão pequeno. De onde ele tinha vindo?”


De acordo com alguns boatos, o rei tinha escolhido uma noiva. Contudo, a escolhida era Cath. Porém, ela não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. 


O rei de copas pretendia pedi-la em casamento. Mas, tudo em que ela mais pensava era que se tornando rainha, jamais poderia realizar o sonho de abrir sua própria confeitaria. E, para piorar, rainhas não fofocavam com gatos meio invisíveis, não sonhavam com garotos de olhos amarelos e, muito menos, acordavam com limoeiros em cima da cama. 


“Ela ofegou e puxou os braços. O coração estava trovejando quando ela espiou pelos galhos de uma roseira branca.
Ela demorou um momento para encontrá-lo na escuridão. O Coringa estava deitado em um galho baixo, uma flauta prateada nas mãos, mas, se estava tocando antes, ela estava distraída demais para reparar.”



Ainda na noite do baile, Cath acabou se sentindo mal e o tal bobo da corte, que se chamava Jest, a socorreu. Ele parecia estranhamente familiar para Cath, porque ela havia sonhado com alguém exatamente igual. 


Logo, Cath parecia muito impressionada com Jest e não conseguia tirá-lo de sua cabeça. Os sonhos continuavam e, talvez, até estivessem tentando mostrar algo à ela.


Jest despertou alguma coisa que Cath nunca tinha sentido antes. Uma coisa eufórica, mas também nervosa. Uma coisa curiosa, mas também temerosa. 

“O coração de Cath pulou. Durante a apresentação, ela ficou hipnotizada pela magia, distraída pelas peripécias dele... mas não tinha percebido que ele também era bonito.”

Um romance sensacional, inspirado no universo de Alice no País das Maravilhosas de Lewis Carroll. Cuja história é sobre a Rainha de Copas, antes de ela se tornar Rainha. 


Narrado em terceira pessoa, possibilita ao leitor maior conhecimento sobre os personagens e os cenários onde estão inseridos. Sendo cada detalhe perfeitamente pensado. 


A escrita da autora é incrível, eu já li “Cinder” e adorei, por isso estava extremamente animada com esse novo trabalho. Todo o enredo é muito bem construído, repleto de criatividade, com personagens cheios de personalidade.


A capa é linda, estou simplesmente apaixonada por essa edição. A diagramação é constituída de muita delicadeza. A revisão é exemplar. 


Dou cinco estrelas e recomendo!!!


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