Editora Record
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Resenha
O Príncipe Corvo é o primeiro livro da trilogia dos Príncipes de Elizabeth Hoyt. Esse é o primeiro livro da autora que li e adorei.
Quem acompanha o Clã sabe que eu sou super fã de romances de época. Já tem um tempo que comprei esse livro, mas acabei adiando a leitura e passando livros de parceria na frente. Coisas da vida.
Mas posso dizer que o livro vale a pena. Um enredo interessante, bem conduzido com personagens fortes, romance e cenas quentíssimas.
O conde de Swartingham, Edward de Raaf precisa de um secretário. Ele é um estudioso da agricultura e criação de animais, e precisa de ajuda com suas anotações, mas existe um enorme problema ... nenhum secretário fica mais do que uma semana em sua companhia. Ele é quase intratável, com um péssimo temperamento e atira objetos de tempos em tempos.
Anna Wren é uma jovem viúva que está passando por dificuldades financeiras. Seu marido não deixou rendimentos suficientes para sustentar a ela e sua sogra por muito tempo. Ela sabe que precisa trabalhar, mas como é difícil conseguir um bom trabalho sendo uma dama. Então quando descobre que o conde está à procura de um secretário e paga bem, ela se candidata a vaga, mesmo sabendo que isso será um escândalo.
"- (...) Claro que ele não é bonito, mas também não é feio. - De qualquer forma ele era um bocado atraente para ela, murmurou uma pequena voz em seu interior. ( ... ) Quando foi que tinha parado de notar as cicatrizes dele e começado a se concentrar no homem debaixo delas?"
Anna a princípio acha Edward feio e assustador, com suas cicatrizes de varíola, mas bastou apenas alguns dias para que começasse a perceber que ele era um homem muito atraente e interessante. Apesar de seu temperamento explosivo, que nos rende ótimas cenas com Ana, já que ela não dá moleza para ele, o conde é um homem com H maiúsculo. Ele não se comporta como os demais nobres que só desejam ficar atrás das escrivaninhas, sendo servidos, além de suas pesquisas, ele coloca a mão na massa e visita seus arrendatários frequentemente, ajudo-os com a mesma regularidade.
"(...) Naquela semana, Anna havia aprendido que o conde não era muito afeito a conversas. Depois de muitos dias de resmungos e respostas monossilábicas, provocar alguma reação no patrão se tornou um tipo de jogo."
Os embates em forma de diálogo dos dois são incríveis e em alguns momentos engraçados. Ana começa a se sentir a cada dia mais atraída por ele, apesar de pensar que não é boa o bastante.
" - Ouvi algumas pessoas dizerem que meu temperamento é um tanto... - Ele fez uma pausa, aparentemente em busca de uma palavra.
Anna o ajudou.
- Selvagem?
Ele estreitou os olhos e a fitou.
- Feroz?
Ele franziu o senho e abriu a boca.
Ela foi mais rápida.
- Bárbaro?"
"Trocar ideias com uma mulher como se fazia com um homem era uma experiência nova. E ele gostava de conversar com a pequena Sra. Wren. Ela o ouvia com a cabeça inclinada para um lado, o sol entrava pela janela da sala de jantar e, gentilmente, iluminava a curva de sua bochecha. Tanta atenção assim era algo sedutor."
Edward perdeu toda a família para a varíola e foi o único sobrevivente. Guarda ainda certa amargura pela perda e conversa sobre as lembranças que tem da família com Ana. Ele percebe que se sente confortável com a jovem viúva, por quem sente uma grande atração. Seus dias ficam mais alegres e interessantes quando ela está por perto.
A relação dos dois é cheia de tensão sexual. Ambos acreditam que estão sozinhos no rio de desejo pelo qual navegam.
Mas após um beijo roubado, Edward percebe que não aguenta mais a proximidade com a viúva irresistível e resolve visitar a casa de prostituição em Londres para tentar aplacar seus calores e esquecer sua paixão pela secretária. Ele acredita que não pode desonrar Ana, por quem tem grande respeito, além de acreditar que ela não pode estar atraída por ele de verdade, com suas cicatrizes.
Ana fica muito mal. Ela quer Edward, mas acredita que nunca poderá tê-lo e quando aparece uma oportunidade de ir até a casa de prostituição e encontrar-se com seu conde, ela não deixa passar. E vai com a cara, a coragem e uma máscara.
Os dois tem noites inesquecíveis de paixão, sem que ele saiba que é Ana quem o está recebendo no quarto. Ela retorna para sua cidade, amando ainda mais o conde, mas temendo sua reação ao descobrir que ela o enganou.
Prestes a se casar, o conde Edward não consegue parar de pensar em sua Ana e em como a mulher que teve em Londres se parece com ela. Ele foi desprezado e enganado por mentiras no passado e não lida bem com elas.
Além dos problemas causados pelos dois, vemos também inimigos maldosos tentando chantagea-los, causando ainda mais dificuldades.
Eu amei O Príncipe Corvo!
Adorei Ana e sua enorme coragem de fazer o que julgava melhor e enfrentar os desafios e problemas que vão aparecendo ao longo do caminho. Também adorei Edward e seu temperamento, que nos rende algumas cenas bem engraçadas. O romance dos dois é muito envolvente, com cenas quentes e românticas também. Li em dois dias, colada às paginas até chegar ao final.
O livro é todo narrado em terceira pessoa, com diagramação simples e confortável e uma capa linda com detalhes dourados, com brilho e fosco. As capas da trilogia seguem o mesmo padrão. Eu não vejo a hora de ler o próximo livro O Príncipe Leopardo.
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