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Resenha
“Cada uma delas terá uma história para contar; uma triste e lamentável história sobre mulheres que serviram de experimento para um homem doente que tem sua alma entregue ao diabo.”
Desde
que chegou a São Paulo, Luka Bremer teve poucos momentos de folga e descanso. No
começo era simples, faculdade de Direito, estágio e horas estudando para o
concurso público que o levaria a exercer a profissão com que tanto sonhava
desde menino, ser um detetive da Polícia Civil. Ele conseguiu atingir seu
objetivo, mas depois disso tudo o que mais tinha feito era trabalhar
incansavelmente, sem permitir que nada lhe tirasse o foco.
Luka sentia que precisava urgentemente de férias e usaria os dias de folga para
tentar se redimir pelo menos um pouco, com a única pessoa que dizia sentir sua
falta, a filha Sofia de 15 anos, que não via desde a formatura no Ensino
Fundamental. Ela morava com a mãe e o padrasto em Rosário, uma cidade localizada
no interior de São Paulo.
No entanto,
os planos dele sofreriam algumas alterações inesperadas. O delegado Laerte recebeu o telefonema de um amigo sobre um possível caso de assassinatos em
série justamente em Rosário. Eles não contavam com profissionais qualificados
para trabalhar nesse tipo de situação, por isso, pensou que Luka pudesse ajudar
nas investigações.
Desta
forma, ele teria um adiantamento das férias acumuladas e usaria parte do seu
tempo participando ativamente na construção do caso.
“O silêncio me apavora, não sei o que devo esperar e a cada passo dado em direção ao interior dessa espelunca, sinto meu coração acelerar. Não gosto da sensação de impotência que impera em mim.”
A única
ligação entre as jovens mortas era o Centro Universitário Público de Rosário. Todas
eram estudantes e foi justamente no campus que os corpos apareceram. Tudo indicava que elas não foram levadas de dentro do
local, apenas jogadas nele para que fossem encontradas.
Não havia
impressões digitais, resíduos ou marcas. Cada uma estava matriculada em um
curso diferente, não moravam nos dormitórios, não se conheciam e as famílias
eram de cidades vizinhas. Nada que indicasse qualquer conexão entre elas.
“O pânico chegou violento como há tempos não se apresentava. Eu já tinha sentido aquilo uma vez e sabia que se aquele sinal fosse real, o terror se espalharia pela pequena cidade em breve.”
Maya
Costa tinha 21 anos, vinha de uma cidade vizinha, era estudante de Medicina, só teve um namorado e pretendia
continuar do modo como estava, dedicando-se apenas aos estudos. Entretanto, os caminhos
dela e de Luka se cruzaram durante a investigação, fazendo com que se aproximassem e se envolvessem em um romance avassalador.
Mas os dois corriam um grande perigo, assim como as pessoas ao seu redor. Afinal de contas, Maya era a peça chave para chegar até o maldito serial killer.
“O assassino queria que descobríssemos sobre ele, como encontrá-lo e o motivo que o levou a matar. Ele queria ser conhecido.”
Um drama
policial, extremamente realista, com uma pitada de suspense. Narrado em primeira pessoa intercala entre
os pontos de vista dos protagonistas Luka e Maya, que são muito bem construídos.
O livro
me prendeu desde o início, fazendo com que finalizasse a leitura em poucas horas. A escrita da autora é envolvente e ritmada, tudo se
encaixa com perfeição.
A capa
é maravilhosa. A diagramação e a revisão são ótimas.
Dou cinco
estrelas e recomendo!!!
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