( Resenha ) Quando Ela Desaparecer de Victor Bonini @FaroEditorial - Clã dos Livros

( Resenha ) Quando Ela Desaparecer de Victor Bonini @FaroEditorial

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Resenha


Francisca Silveira do Carmo, ou apenas Kika, foi destaque no caderno Cotidiano do jornal Sentinela de Guarulhos na matéria do dia 23 de novembro de 2009. Sendo a garota do CECAP escolhida como Miss Guarulhos Juvenil.

Kika era a garota mais bonita e a mais confiante daquele concurso. Portanto, não foi surpresa quando seu nome foi citado como a vencedora. Contudo, tanta coisa boa geralmente atraía negatividade, por isso, as pessoas próximas dela tinham medo de que alguém pudesse machucá-la.

Assim sendo, no ano de 2010 virou manchete nas páginas policiais quando foi encontrada a beira da morte depois de um ato maldoso de bullying. Depois de todo o sofrimento, ela sobreviveu e seguiu em frente. 
“E pensar que toda essa sucessão de surpresas, combustão do caso que ganhou o título de “maior mistério do ano no estado de São Paulo”, começou de maneira tão pequena: com uma reclamação de barulho para o 190.” 
Entre tantos casos esquecidos, o caso de Kika ganhou destaque midiático. Afinal de contas, tinha o perfil ideal para estrelar manchetes, sendo jovem, branca, mulher e perseguida. Desapareceu no dia 16 de março de 2012, sexta-feira, duas semanas depois de completar dezesseis anos.
 
O fato ocorreu durante uma excursão do colégio particular onde estudava, o Álvares de Azevedo, de Guarulhos. Uma das tradições era levar os alunos do segundo ano do ensino médio a um sítio localizado no limite entre Mogi das Cruzes e Itaquaquecetuba para verem na natureza o que tinham aprendido nas aulas.
 
Kika falou para uma das alunas, Elaine Campos, que gostaria de conhecer a mata. Ela era a amiga mais próxima de Kika e depois do desaparecimento, afirmou para a polícia que suspeitou de suas intenções. Talvez apenas para chamar a atenção, ou porque havia marcado de se encontrar com algum rapaz.
 
Maria João Silveira do Carmo, mãe de Kika, criou a filha sozinha desde os quatro anos sem ninguém para dar apoio e tinha orgulho dela porque se tornou independente. Ajudou a polícia como pôde, mas encontraram somente um colar com pingente de coração. Kika desapareceu daquele lugar como se nunca tivesse pisado nele.
“E o medo, o mais primitivo de todos, de quem se vê explorando o território inimigo sem saber o que pode encontrar atrás da próxima árvore. Quem sabe não estávamos pisando justamente no ponto onde a Kika tinha sido pega? E se víssemos sangue? E se víssemos… alguém?” 

A Kika tinha fama de não se dar muito bem com os outros. Nada sociável, do tipo que mal se esforçava para ser simpática. A maioria trocava poucas palavras e a xingava pelas costas.

Desta forma, os policiais desconfiavam de todos. No decorrer da investigação, mais algumas mortes misteriosas aconteceram, todas ligadas ao desaparecimento de Kika, causando alvoroço na população local e revelando segredos até então muito bem guardados.

“No fundo, ela é uma coitada. Acho que a reação natural dela a esse ódio todo foi virar uma menina pedante, egoísta, que precisa de atenção. Uma menina que, às vezes, chega a ser insuportável."

Um suspense repleto de mistério e reviravoltas que me prendeu do início ao fim. Narrado em formato de reportagem por Sarah Meireles, que vivenciou de perto todos os acontecimentos, pois estudava na mesma escola que Kika.

A escrita do autor é meticulosa na medida certa e tudo se encaixa perfeitamente. Os personagens são muito bem construídos.

A capa é ótima, condiz com o conteúdo. A diagramação é cheia de ilustrações, com recortes de jornais e posts, que fazem parecer que tudo aquilo é real.

Dou cinco estrelas e recomendo para quem procura uma leitura surpreendente!!!


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