Editora Astral Cultural
“Porém, quando as pessoas têm uma opinião sobre você, é muito difícil mudá-la. Elas já julgaram você, gostam de rotular, e desejam que você permaneça com esse rótulo para sempre. Você foi alocada em um lugar na sociedade delas, e é aí que querem que você fique.”
Quando Gina, a tia avó de Madison Clarke, faleceu, deixou toda a sua imensa herança para a família dela, incluindo roupas, joias antigas e uma casa à beira mar na Flórida. No início não tinham certeza do que fazer com aquilo. Vender a propriedade e comprar uma casa melhor no Maine? Manter como casa de veraneio?
Enfim, acabaram se mudando de Pineford, no Maine para a Flórida. Logo, o pai de Madison encontrou emprego numa clínica que precisava contratar um novo médico e sua mãe encontrou emprego como professora numa escola perto de casa.
Enquanto isso, Jenna, a irmã mais velha de Madison, já tinha deixado o Maine na época para estudar na Universidade de Nova York e cursar Artes. Ela estava longe e planejava continuar daquele jeito. Portanto, a única que teria impedido os planos de mudança era a própria Madison, mas ao contrário do que imaginavam, ela estava ansiosa por aquilo e não via a hora de se mudar.
“Sinto-me leve e animada por dentro. Talvez não seja tão difícil me encaixar aqui no fim das contas.”
Na sua antiga cidade, ninguém jamais se interessava em conversar com ela. A vida de Madison era um verdadeiro pesadelo, por conta do bullying que sofria o tempo todo. Anos disso tornavam qualquer pessoa um pouco tímida, para dizer o mínimo.
Então, quando deixou de ser a Maddie Gorducha porque perdeu peso, tirou o aparelho e começou a usar lentes de contato, simplesmente pelo fato de elas serem mais convenientes do que os óculos, ninguém se importou.
Madison acreditava que não havia nada para ela em Pineford. No final do segundo ano do ensino médio, basicamente tinha parado de se esforçar nas aulas, e não tinha amigos ou vida social. A mudança para a Flórida significava que podia ter uma vida inteiramente nova.
“As pessoas podem ser rasas e superficiais, mas de vez em quando são egoístas demais para reparar em você.”
Assim que conheceu Dwight Butler, um nerd bonitinho que adorava surfar e trabalhava como garçom numa cafeteria, cujo nome era Langlois, Madison percebeu que fazer amigos era mais fácil do que imaginava. Os dois acabaram descobrindo que estudariam juntos no terceiro ano do ensino médio na Midsommer e que se veriam constantemente.
Aquela era a grande chance de Madison recomeçar. Ninguém a julgaria baseando-se nos padrões da irmã mais velha ou saberia o que fez nos últimos anos.
Madison se enturmou e fez amizade com as garotas mais populares, misturando-se ao pessoal mais descolado. Desta forma, acabou sendo forçada a deixar Dwight um pouco de lado, porque ele não fazia parte da galera. Despertou o interesse de Bryce Higgins, um astro do futebol, tornou-se namorada dele e começou a frequentar as festas mais badaladas.
Todavia, as coisas começaram a sair dos eixos e Dwight era o único que a conhecia de verdade e podia ajudar. Mas, já não conseguia mais ignorar que os seus sentimentos por Madison estavam além da amizade.
“— Que sempre há alguém que vai ajudar você, seja no que for. Mesmo se você não quiser notar que essa pessoa está lá. Sempre há alguém que, mesmo que não entenda exatamente, estará lá por você. E você só tem que se deixar ajudar.”
Um romance adolescente com um toque clichê e algumas reviravoltas, que infelizmente não foi o que eu esperava. Não consegui me conectar a história e muito menos aos personagens.
Narrado em primeira pessoa pela perspectiva da protagonista Madison, fala sobre bullying, relacionamentos e recomeços. No entanto, faltou intensidade nas emoções, não me surpreendeu.
A escrita da autora é ótima, mas acho que se prolongou demais repetindo as mesmas coisas nas 319 páginas, tornando a leitura monótona. No fim das contas, se a intenção era passar uma lição, não conseguiu.
A capa é linda, tem tudo a ver com o conteúdo. A diagramação é muito bem feita, com uma letra num tamanho agradável. A revisão é exemplar.
Dou quatro estrelas e recomendo para quem procura uma leitura leve sem grandes pretensões!
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