( Resenha ) Nocturna - Primeiro livro da Série Nocturna de Maya Motayne @editoraseguinte - Clã dos Livros

( Resenha ) Nocturna - Primeiro livro da Série Nocturna de Maya Motayne @editoraseguinte

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Resenha


Nocturna é o primeiro livro de uma série fantástica, que reúne fantasia e muita ação.

Passado no Reino de Castallan, a história traz o mundo fantástico da magia. Cada habitante do reino usava um tipo de magia diferente, pois cada pessoa já nascia com um dom especial.
"Haviam lhe ensinado desde muito cedo que a magia era a base do mundo, os fios que uniam os homens uns aos outros e à terra em que viviam."
Porém, a divisão de classes existia. E dentre a plebe, destacamos a esperta Finn. A garota tinha um dom muito especial de conseguir mudar sua face facilmente. Assim sendo, ela tinha ainda mais êxito em realizar seus truques. Finn era ladra e nunca seria pega.

Indo para a realeza, encontramos um reino abalado. O herdeiro ao trono, Dez, havia sido atacado. Desaparecera por meio de um feitiço maligno, e com toda certeza havia morrido.

O reino estava em luto. Mas seu irmão mais novo, Alfie, não aceitava a possibilidade de um mundo sem Dez. Alfie tinha consigo que ele ainda vivia, e por isso buscava meios "mágicos" de trazê-lo de volta.

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E é assim que seu caminho cruza com o de Finn. Juntos, liberam uma magia poderosa, capaz de levar Castallan à escuridão.

Esse livro me divide até agora, ao resenhá-lo. Seus pontos positivos e negativos são completamente limiares.

A parte positiva desse enredo é o fato de ser uma fantasia recheada de aspectos da cultura latina. É fato que não vemos (ou quase não vemos) livros fantásticos que resgatam essa cultura tão fascinante. A história se desenvolve de forma didática, sendo facilmente compreendida, assim sendo os iniciantes no gênero, e até mesmo na leitura em si, conseguirão se familiarizar bem ao enredo.

E precisamos falar sobre a construção da personagem Finn. Pela primeira vez eu li uma fantasia em que a protagonista tem uma personalidade tão duvidosa (já que é uma ladra) e tão instigante. Finn me lembrou de Aladdin no aspecto de errar, mas ao mesmo tempo, compreendermos sua atitude tão incorreta. 


A personagem instiga tanto que ouso dizer que é por ela que li o livro inteiro. Forte, inteligente, destemida. Ela nem precisava possuir o poder da magia pra cativar.

Por outro lado, temos muitos aspectos negativos. O primeiro deles é o fato de alguns pontos presentes no enredo não serem tão originais. Vejam bem, é óbvio que encontramos repletas histórias de fantasia que tem a magia como ponto chave. O que o autor precisa fazer com um tema tão visto por ai, é dar a sua originalidade. E faltou isso no livro. A autora pecou em repetir processos que já vemos em outras histórias, e isso contribuiu para que a leitura fosse previsível.

Eu sabia exatamente o desfecho antes de chegar na metade do livro. Enquanto Finn é maravilhosa, Alfie é péssimo. Tem uma construção fraca, desastrosa. Ele não consegue cativar, e o seu luto é mais voltado para o mimo de um príncipe que não se conforma com a perda do que qualquer outra coisa.

Alfie irrita o leitor ao fazer escolhas tão exageradamente irresponsáveis, e isso não se dá a sua imaturidade; vejo esse feito como uma construção inacabada e confusa por parte da autora. 
"E agora olhavam para ele com fé. Uma fé que Alfie estava longe de merecer."
E existe um outro ponto negativo. A mistura exagerada de palavras na língua espanhola na edição. Literalmente alguns diálogos promoveram o "portunhol" clássico. E isso não facilita a conexão com a linguagem do reino. Esse feito até poderia existir, desde que sinalizado e traduzido no rodapé ou ao final do livro.

Mesmo se tratando de palavras facilmente traduzidas. 

Não quero ser dura em minha avaliação da obra, afinal eu ainda recomendo o livro, principalmente para os iniciantes do gênero. 

Narrado em terceira pessoa, o livro contém uma edição bonita, com fonte confortável para leitura.


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