Editora Suma
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Resenha
Por incrível que pareça, a obra em questão não se trata de um terror. O Instituto é uma ficção do mestre Stephen King; um calhamaço de 543 páginas.
A história, narrada em terceira pessoa, se inicia como a maioria das obras de Stephen: lenta, cheia de detalhes que, para os mais ansiosos, aparentam ser até mesmo desnecessários. Mas não se enganem. Tudo faz sentido quando o assunto é Stephen King.
Começamos conhecendo o policial Tim. Na verdade, ele se encontra afastado do seu posto. Decidiu viajar, e acabou parando numa cidadezinha sulista, chamada DuPray; onde conseguira o serviço de vigia noturno.
Em Minneapolis, um garoto chamado Luke Ellis surpreendia por seu QI avançado. Aos doze anos, iria prestar vestibular e com certeza se sairia muito bem. Luke era um gênio, e os ensinamentos para os garotos comuns da mesma idade que ele, já não eram suficientes. Ele estava intelectualmente além.
Luke estava completamente feliz, pois seus pais finalmente compreenderam que ele precisava dar um passo no que dizia respeito aos estudos. Mas os planos nem sempre saem da maneira que queremos.
Numa noite, sua casa fora invadida. Seus pais, assassinados. E ele, levado dali.
Luke acordara num local surreal. Com outras crianças, de idades diversas. Seu intelecto, de imediato, não conseguia captar o que seria aquele lugar. Mais tarde ele entenderia.
"Você acha que a memória é um bênção ou uma maldição."
Numa região distante, existia um local chamado de Instituto. Lá, crianças especiais, com poderes especiais de telepatia e telecinesia, eram testadas e usadas.
As pessoas que prestavam serviços para essa clínica, eram cruéis. Não tinham piedade das crianças que resistiam no momento dos testes. Choques elétricos, tapas, torturas físicas e psicológicas.
O Instituto era insano. Violento. Não havia como fugir dali. E ninguém sabia ao certo o motivo de sua existência e tão pouco, como era o seu funcionamento.
"(...) estar no Instituto era como estar em um manicômio de antigamente, onde as pessoas malucas ficavam confinadas e nunca eram curadas."
Luke conseguiria sobreviver ao Instituto? Aliás, alguma criança sobreviveria ali? Quais os segredos que essa Instituição esconde? Quem está por trás do funcionamento do Instituto? E qual a sua finalidade?
Todas essas perguntas surgem no momento da leitura, que, por tratar de crianças que precisam amadurecer para tentar se salvarem, me fez lembrar de Stranger Things e ao próprio ícone do autor, It - A Coisa.
A história, como disse no início da resenha, tem um desenvolvimento lento, porém necessário. É importante termos uma descrição detalhada do espaço bem como dos personagens que compõem a obra; para assim compreendermos a fundo toda a construção do enredo.
Mesmo com essa desenvoltura um tanto lenta, o livro prende. O mistério por trás do Instituto é a peça chave para todo o suspense da trama. Queremos entender tudo que se passa ali, e talvez mais que isso, queremos compreender os poderes das crianças do Instituto.
"O inferno se aproxima. Estarei lá para receber vocês."
A trama também traz ação, eventos violentos e claro, por termos crianças, momentos de leveza. Mesmo com a presença de um grande número de personagens, as características muito bem construídas os tornam únicos e inesquecíveis.
Em meio a peculiaridade do Instituto, conseguimos captar uma mensagem emocionante a respeito da força da amizade.
A edição está um capricho! E os agradecimentos do autor emocionam, ahhh emocionam muito!
Todo leitor fiel deverá se aventurar nessa obra, que considero a mais cativante dos últimos tempos.
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