Editora Alfaguara
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Resenha
Stalker é um suspense incrivelmente bem escrito. Seguindo a linha "quebra-cabeças", o enredo se segue como peças, onde cada capítulo é responsável pela montagem de uma trama complexa, inteligente e instigante.
Lars Kepler, pseudônimo do casal sueco Alexander e Alexandra Ahndoril; já me eram conhecidos. Através do livro O Hipnotista, tive o prazer de conhecer a escrita dessa dupla. Acontece que é de suma importância citar outros livros dos autores antes de começar a falar sobre Stalker, já que teremos aqui dois personagens muito conhecidos para os que já adentraram nas tramas arrepiantes do casal: Joona Linna e Erik Maria Bark.
Joona Linna é o detetive famoso criado pelo casal. Ele já foi responsável por solucionar casos incríveis, e posso descrevê-lo como o mais inteligente e sagaz.
Erik Maria Bark é um médico muito conhecido por usar a hipnose em seus pacientes, com o intuito de buscar respostas para traumas. Com isso, já contribuiu com várias investigações policiais.
Joona e Erik são personagens recorrentes nas tramas de Lars Kepler, assim sendo os episódios da vida de tais personagens são narrados conforme a ordem de publicação das histórias.
A melhor parte é que cada história em si é inédita, assim sendo, caso você não queira se aprofundar tanto nos dois personagens citados, de nada atrapalha lê-las aleatoriamente. E a parte ruim, é que não temos todos os livros da saga Joona Linna publicados por aqui. Aliás, nem mesmo estão publicados na ordem correta.
Fica aqui meu apelo para a editora ♥
Você já se sentiu vigiada(o)? Uma sensação estranha, que te faz correr para a janela e trancá-la?
"A palavra stalker existe desde o início do século XVIII. Naquela época, significava rastreador ou caçador ilegal."
Nesse livro, mulheres estão sendo stalkeadas. Não só isso. Essas mesmas mulheres, que parecem não ter uma ligação em comum, são brutalmente assassinadas.
A polícia precisa correr contra o tempo para encontrar o stalker. Margot, detetive responsável pelo caso, recorre ao famoso hipnotista Erik Maria Bark para tentar resgatar as últimas lembranças do marido de uma das vítimas, que, ao se deparar com sua mulher assassinada, modificou a cena do crime.
O que a detetive não esperava, era se deparar com uma verdadeira teia, onde o assassino andava sempre a um passo à frente da polícia.
Seria um caso sem solução? Como proteger futuras vítimas sem ao menos saber quem estaria em risco?
"(...) podemos ver a vida dela, mas não somos capazes de descobrir quem ela é até que alguém encontre se cadáver."
A trama já se inicia envolvente. As 553 páginas do livro são devoradas rapidamente, pois seu desenvolvimento é acelerado.
O suspense policial é mirabolante, não deixa pontas soltas. Surpreende o leitor, à medida que choca e comove. Estamos de frente a um assassino frio e calculista.
Fiquei completamente envolvida, sem conseguir largar o livro. A trama é arrepiante, e ao final, nos perguntamos "será que alguém poderia facilmente nos stalkear?"
Um livro imperdível para os amantes de suspense.
Desde que li o primeiro livro publicado em solo brasileiro da dupla, fiquei cativada por Joona e Erik. Revê-los me trouxe uma sensação de nostalgia misturada à pergunta "por que simplesmente não li mais nada desses autores?".
E não são apenas estes personagens que se destacam. Margot é forte, destemida, e tão implacável quanto Joona. Preciso citar que em todo o decorrer da história ela se encontra grávida, o que demonstra ainda mais a força feminina.
Outros personagens se destacam, e me fazem querer revê-los em outras obras futuras. E essa é uma característica especial dos autores, que além de produzirem suspenses contemporâneos perturbadores, ainda nos cativam com personagens únicos, incríveis.
Stalker é realmente tudo que dizem. Complexo, aterrorizante, tenso, assustador. Só preciso acrescentar que, em meio a todo o clima de suspense, ele consegue ser apaixonante e terrivelmente impactante no que diz respeito a natureza humana.
Leiam! É perfeito, como todo suspense merece ser.
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