Editora Suma
Leia a sinopse AQUI.
Resenha
Do mesmo roteirista da série The
Killing, que eu assisti numa tacada só e gostei muito, As Sombras de
Outubro é um thriller recheado de tensão do início ao fim, com personagens
cheios de personalidade, que fez com que eu não conseguisse desgrudar, até enfim
chegar na última página.
“Ela sente o chão da floresta sob o corpo enquanto o gosto metálico de sangue enche sua boca.”
Naia Thulin era uma excelente
detetive que trabalhava na Divisão de Homicídios em Copenhague, mas que ansiava
por muito mais oportunidades e desafios do que o que ofereciam naquele lugar. Portanto,
solicitou ao seu chefe Nylander, uma recomendação para ser transferida para o NC3,
Centro Nacional de Crimes Cibernéticos, porque achava as missões deles muito
mais interessantes do que aquelas em que era inserida.
Entretanto, ele foi extremamente
ignorante e ficou surpreso quando soube que Isak Wenger, o chefe do NC3, pediu
que ela se candidatasse, pois ainda era uma novata e já havia considerado o
nome dela para liderar uma equipe. Apesar de não ser fã de detetives mulheres, tinha
que admitir que Thulin possuía uma inteligência acima da média e resolvia seus
casos em um ritmo que fazia com que os outros detetives parecessem inertes. Assim
sendo, continuaria fazendo de tudo para que ela não desistisse.
“Na escuridão, a voz está em todos os lugares, sussurrando baixinho e debochando dela — é a voz que a segura quando ela cai e gira ao seu redor como vento.”
A relação entre a polícia
dinamarquesa e a Europol estava estremecida desde que os dinamarqueses
rejeitaram, em um referendo, alguns anos antes, uma maior integração com a
União Europeia. Mark Hess, recém chegado da Europol, com um passado misterioso,
tornou-se parceiro de Thulin durante a investigação da morte de Laura Kjaer de
trinta e sete anos, enfermeira de um consultório dentário no centro de Copenhague.
Trabalhar na Homicídios exigia
uma abordagem não sentimental para a morte, e qualquer pessoa que não conseguia
examinar um corpo devia trabalhar em outro lugar. Mas Thulin nunca viu ninguém
não brutalizado quanto aquela mulher.
Pouco depois daquele
assassinato, ocorrem outros e em todos eles descobrem um pequeno bonequinho
feito de castanhas, um sr. Castanha. Deste modo, acabam encontrando uma digital
parcial relacionada a um caso já concluído pela polícia, sobre o
desaparecimento de uma menina de 14 anos, filha da ministra Rosa Hartung, cujo
corpo nunca foi localizado e ela foi dada como morta.
Uma trama inteligente e
complexa, com uma boa dose de suspense que me envolveu facilmente. Narrado em
terceira pessoa permite ao leitor um aprofundamento maior sobre cada um dos
personagens e o caso que estão tentando solucionar.
A escrita do autor é muito
consistente, realista e sensível. O enredo é desenvolvido com exatidão, apesar
de em alguns pontos se tornar um pouco lento, não é nada cansativo. A solução
de tudo é surpreendente e as motivações do assassino são muito bem apresentadas.
A capa é ótima, tem tudo a ver
com o conteúdo. A diagramação é minimalista e a revisão é exemplar.
Dou cinco estrelas e recomendo
para quem é fã do gênero!!!
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