Editora Arqueiro
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Resenha
Simplesmente
o paraíso é o primeiro volume da Série Quarteto Smythe-Smith de Julia Quinn,
composta por 4 livros que retratam o romance de cada uma das integrantes da
família, cujo concerto era frequentado pelos maravilhosos Bridgertons!
“Não conseguia lembrar da última vez que alguém lhe dera a mão.”
Marcus
Holroyd estava sempre sozinho. A condessa de Chatteris, sua mãe, faleceu quando
ele tinha apenas 4 anos, mas, esse acontecimento teve pouco efeito em sua vida,
afinal ele a viu em precisamente sete ocasiões, porque passava mais tempo aos
cuidados da Srta. Pimm, uma ama de bebês de 60 anos, do que com a mãe, que
costumava passar mais tempo em Londres desfrutando da temporada social.
Lorde
Chatteris era mais chegado à vida no campo do que a esposa e criou o filho do
mesmo modo como o pai o fez, apenas se certificou de colocar a criança em cima
de um cavalo aos 3 anos e, depois, não viu razão para se importar mais com o
menino até que tivesse idade suficiente para conduzir uma conversa de forma
razoavelmente sensata. O conde não desejava se casar de novo, embora o alertassem
de que seria bom ter outro filho além do herdeiro. Em vez disso, escolheu
investir no filho.
Aos 12
anos, Marcus deixou Fensmore para estudar no Eton College, a instituição onde
todos os meninos Holroyds iniciavam sua educação formal. Foi quando ele
conheceu Daniel Smythe-Smith e os dois se tornaram grandes amigos. Aalém de ser
o herdeiro do condado de Winstead, ele tinha cinco irmãs e mais trinta primos
em primeiro grau. Não havia ninguém que soubesse se socializar melhor e que
pudesse ensinar isso a Marcus.
Logo,
Marcus começou a passar mais tempo com os Smythe-Smith do que com o pai. Na época,
Honoria, a irmã caçula de Daniel, não desgrudava do irmão e vivia seguindo-o para
todo lado. Ela desejava participar, ser incluída em jogos e brincadeiras, em
todas as atividades que a família constantemente lhe dizia que era jovem demais
para se envolver e Marcus sabia muito bem como ela se sentia.
“Desesperada por um dia ensolarado, desesperada por um marido, desesperada...”
Os anos
se passaram e ela se tornou Lady Honoria Smythe-Smith, uma jovem desesperada para
casar, pois já havia atingido a idade e o momento certo para encontrar um marido.
Entretanto, aquela missão não estava sendo nada fácil. Embora, o que estivesse
passando não fosse muito diferente do que a maioria das amigas. Não era a única
jovem ansiando por um casamento.
Enquanto
isso se distraia treinando muito para a apresentação anual do quarteto
Smythe-Smith, um recital que se tornou tradição familiar. E, apesar de não
tocarem bem e saber disso, Honoria gostava de participar, porque aquilo fazia
com que se divertisse.
“Porém, Honoria não estava procurando um marido apenas para admirar a aliança no dedo ou para se regozijar com seu status de jovem matrona elegante. Queria uma casa que fosse sua. Uma família – grande, barulhenta, que nem sempre se preocupasse em ter modos.”
Marcus
esteve presente por quase toda a vida de Honoria. Antes de ser lorde Chatteris,
antes de Daniel se tornar lorde Winstead. Antes de Charlotte, a irmã mais
próxima dela em idade, ter se casado e saído de casa. Era reconfortante tê-lo
por perto, os caminhos deles já não se cruzavam com a mesma frequência de
antes, tudo era diferente, mas continuavam como bons amigos.
“Então, ergueu os olhos para Marcus e sorriu de novo. Por um momento, sentira-se ela mesma outra vez, como a moça que fora apenas alguns anos antes, quando o mundo se estendia à sua frente, uma esfera cintilante repleta de promessas. Nem se dera conta de que sentia falta daquela sensação de pertencimento, de estar no lugar certo, com alguém que a conhecia plenamente e, ainda assim, achava que valia a pena rir com ela.”
Era estranho
o modo como Marcus fazia com que ela se sentisse tão bem e entre tantas
reviravoltas do destino, os dois acabaram se aproximando ainda mais e a amizade
que possuíam acabou se tornando um sentimento avassalador que já não suportava
mais ficar contido em seus corações.
“Sussurravam sobre Marcus como se ele fosse o herói de um romance ou o vilão gótico e misterioso que precisava ser redimido.”
Um romance
emocionante, sensível e fofo, que me conquistou com muita facilidade e deixou
um gostinho de quero mais. Narrado em terceira pessoa, se passa no mesmo universo da Série Os Bridgertons e permitiu que eu
conhecesse melhor cada um dos personagens, sentindo-me encantada por eles.
A escrita
da autora está perfeita. Tudo se encaixe muito bem, assim como em todos os
outros livros dela.
A capa
é linda, romântica e delicada. A diagramação é muito bem feita e a revisão é
exemplar.
Dou cinco
estrelas e, com certeza recomendo para quem é fã do gênero!!!
Olá Ingrid,
ResponderExcluirAdorei sua resenha. Li esse livro tem algum tempo, mas acabei não conseguindo dar sequencia na leitura da série. Lembro de ter ficado encantada com o envolvimento, de forma tão doce e lenta, e ler sua resenha me deu saudade desse quarteto.
Beijo!
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