O morro dos ventos uivantes não demonstra engajamento com questões sociais mais amplas, pois seu cenário é de isolamento extremo. Sendo o narrador, Lockwood, um forasteiro simbólico e perturbador, e até mesmo a vida na vila mais próxima, Gimmerton, parece remota, desconhecida, sendo descrita apenas por esboço.
O
reino de Wuthering Heights e de Thrushcross Grange funciona como um mundo em si
mesmo, uma realidade exclusiva para o texto, de tal maneira que, quando os personagens
deixam esse mundo, parecem misteriosamente desaparecer em um vazio.
Embora
tenha chocado muitos dos seus primeiros leitores, ele também desfrutou de um
sucesso modesto na época. Os protagonistas, Cathy e Heathcliff, compartilham um vínculo consumado
de compreensão e resistência, um amor intenso de uma grandeza inexplicável.
Esse
é o tipo de livro que, ou você ama, ou odeia. Afinal de contas, possui uma
narrativa densa e angustiante, que provoca sentimentos contraditórios no
leitor. Tudo é profundo demais, sendo o leitor envolvido na trama de um romance destrutivo,
que só motivou decisões ruins.
Entretanto, apesar de tudo isso, a autora se sobressaiu ao criar algo tão peculiar e magnífico, que me instigou desde o início e prendeu de um modo que parei apenas no momento em que cheguei a última página.
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