Confira a entrevista de Victor Bonini, autor de Colega de Quarto para o especial de terror A Irmandade das 13 #IrmandadeDas13 - Clã dos Livros

Confira a entrevista de Victor Bonini, autor de Colega de Quarto para o especial de terror A Irmandade das 13 #IrmandadeDas13

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No seu livro você agradece as sugestões de sua namorada Mariana e aos melhores amigos, entre outros. Como foi o processo de criação desta história?

A ideia da trama surgiu quase que naturalmente. Durante meus anos de faculdade, morei na região da Avenida Paulista, em São Paulo. E se você conhece essa parte da cidade, sabe que o que não falta é barulho (buzinas, gente conversando nas ruas e muita coisa de que não dá pra se ter noção do que é). Essa sinfonia de ruídos não me incomodava, mas eu comecei a imaginar que muita gente sentiria arrepios num lugar daquele, em que era normal acordar no meio da noite com algum som estranho.




Confira a resenha AQUI.

Comecei a desenvolver a ideia de Colega de Quarto a partir desse pensamento. E se, além dos sons, começassem a surgir também evidências estranhas? De que, talvez, haveria mais alguém morando no apartamento? Desenvolvi uma linha de acontecimentos e passei a escrever. Era no comecinho de 2013. Foram nove meses de escrita. Quando terminei, imprimi duas cópias (uma para mim, outra para minha namorada) e enviei o arquivo digital a um amigo que sempre lia meus textos. Nós três, então, revisamos pela primeira vez. E dela já saíram correções e muitos excessos da primeira versão. O passo seguinte (o mais demorado) foi encontrar editora. Foi pouco mais de um ano correndo atrás – até que a Faro Editorial se interessou e voilà!

Você teve como referência algum escritor? Quem?

Pergunta difícil... Fui influenciado (direta ou indiretamente) por inúmeros escritores da literatura nacional e internacional, até porque sou leitor compulsivo de romances policiais. Não consigo citar todos aqui porque senão escreveria linhas e linhas de nomes. Mas acho que a referência mais evidente é Agatha Christie – pois fiz questão de criar um romance de culpados com um final inesperado, o que se vê muito nas obras dela. Quem me diz muito isso são os leitores. Mas, ao mesmo tempo, esse toque suspense-sobrenatural de Colega de Quarto foi culpa do que li de Stephen King. Aprendi com os livros de Dennis Lehane e Patrícia Melo a me preocupar com a construção de personagens fortes e com a retratação do dia-a-dia do cidadão comum. Acho interessantíssima a interação, proposta por eles, entre o homem comum e seus impulsos agressivos e crueis, tão típicos da natureza humana. Quem também diz muito isso é o Raphael Montes (outro que, obviamente, muito me influenciou). Bom, isso só para citar alguns dos que mais fizeram a minha cabeça. Há muitos outros.

Quando iniciou o texto sabia antecipadamente seu conteúdo?

Sabia, digamos, 60%. Eu já tinha claro na mente o começo, o meio e o fim, inclusive o “gran finale”. Fiz esse livro meio que de trás pra frente, pensando sempre no desfecho para formar uma história que se sustentasse e que fizesse o leitor dizer no final: “eu me lembro dessa pista” ou “como perdi essa referência?”. Acho isso de extrema importância num romance policial. Outros 30% foram ideias complementares que foram surgindo no decorrer da escrita e que eu incorporei, mas sem alterar bruscamente a ideia original. Os 10% finais eram detalhes pequenos, como, por exemplo, o modo com que eu interligaria cenas que inicialmente eram desconexas na minha cabeça. 

O detetive Conrado Bardelli é um detetive carismático, perspicaz e inteligente. Você pensa em escrever outras histórias envolvendo este personagem?

Com certeza! As primeiras reações dos leitores têm sido muito boas! Uma das coisas que mais ouço é que o Conrado é um detetive bastante simpático (eba!). Na verdade, eu já vinha pensando em ideias para novas histórias com ele. Essa resposta positiva do público me animou ainda mais. Então pode esperar que vem mais Conrado por aí! Mas não quero deixar de lado projetos independentes, até porque meu objetivo não é criar uma série policial só do Conrado Bardelli, como acontece com o Bellini ou com o Cormoran Strike. Acho que variar sempre é bom. De qualquer forma, essas ideias de novas histórias ainda estão no começo... Neste momento, estou me dedicando ao feedback de quem lê Colega de Quarto e a participar de eventos pra discutir o livro. É uma fase incrível!

O livro Colega de Quarto é livro de suspense muito envolvente. Você pretende se dedicar a este gênero literário?

O suspense, o policial e o terror são meus gêneros preferidos de leitura e, por isso, acabam sendo minhas principais matérias-primas. Mas nada impede que, no futuro, eu me aventure em outros textos. Ainda 


Sobre o autor:

Victor Bonini é natural de São Paulo. Aos seis anos, mudou-se com a família para Vinhedo, interior do estado, onde morou até os dezoito. Foi quando ingressou na faculdade de jornalismo e voltou à capital. Formado em 2014, apresentou como trabalho de conclusão de curso um livro sobre o caso Pesseghini, abordando vários aspectos do crime que chocou o país em 2013. Seu trabalho, elogiado pela banca de avaliadores, escrito em parceria com Mariana Janjácomo, não foi publicado por um pré-acordo com a família das vítimas. Passou por outras grandes redações, como a TV Globo de São Paulo, GloboNews e Revista VEJA. Atualmente é repórter de vídeo da TV Gazeta.


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