Editora Suma
Leia a sinopse AQUI
Resenha
A Metade Sombria é mais um clássico de Stephen King relançado pela Suma. Publicado pela primeira vez em 1989, a editora nos trouxe de volta esse livro, numa edição especial em capa dura, como parte da coleção Biblioteca Stephen King.
Em cunho histórico, o livro ficou esgotado durante anos no Brasil, e chegou a ser adaptado para os cinemas em 1993.
Cheio de referências à obras consagradas, como Cujo, o livro traz novamente Castle Rock como um dos cenários principais. Quando falamos na cidade fictícia, já sabemos que podemos esperar algo sobrenatural e horrendo.
"O raio às vezes cai duas vezes no mesmo lugar, e de tempos em tempos, em cidades pequenas, acontecem assassinatos que não podem ser imediatamente solucionados..."
A fantasia sombria de Stephen, somada a um horror gore com um suspense envolvente do início ao fim; levanta um ponto de interrogação no que diz respeito ao terror e a presença do sobrenatural. O leitor se pergunta o tempo todo: seria mesmo possível a existência de um ser sobrenatural ou estamos diante de um psicopata?
Assim é nossa definição para Thad Beaumont, um escritor que assim como a maioria do mundo real, decidiu começar sua carreira com um pseudônimo. Seus livros, sempre violentos, eram assinados como George Stark.
Thad deu vida a seu pseudônimo, inventando inclusive uma biografia sombria para ele. Mas, assim como também acontece na realidade, sua identidade fora revelada; e Thad decidiu iniciar uma nova fase em sua vida, enterrando de vez George Stark.
Mas George Stark não queria simplesmente ser esquecido. E algo surreal acontece quando todos os envolvidos em seu "enterro" começam a ser assassinados violentamente.
As digitais de Thad estão por todo lado, indicando que ele poderia ser o culpado. Porém, o autor tem álibis que comprovam que no momento dos crimes, ele não poderia estar em cena.
Assim, as pistas levam a George Stark. Seria um louco se passando pelo pseudônimo de Thad? Seria o próprio Thad? Ou estaríamos diante de algo sobrenatural, sem explicações científicas?
"É bem simples: nem todos os segredos são ruins. Alguns são bons. Alguns são necessários. Nesse caso, são as duas coisas."
Preparem-se! Pois mais uma vez estamos diante de uma obra majestosa do mestre Stephen.
Imagem do Filme - 1993
Para quem não sabe, Stephen King, na década de 80, escreveu algumas obras sob o pseudônimo de Richard Bachman. Tais livros, hoje considerados exemplares raros, são mais violentos quando comparados as outras publicações de Stephen. Mas, um belo dia, seu segredo fora revelado. E assim surgiu a inspiração para A Metade Sombria.
"(...) um escritor de ficção no fundo não passava de um sujeito pago para contar mentiras. Quanto maiores as mentiras, melhor o pagamento."
Talvez por ter uma inspiração em si mesmo, quem sabe por estar revoltado com a revelação de seu segredo... o fato é que o livro em questão traz elementos violentos, que perturbam o leitor. Particularmente, não são os crimes em si que me provocaram tal perturbação, mas sim o fato das dúvidas perante a existência ou não de George Stark.
Se ele era fruto da mente de Thad ou se o próprio Thad em pessoa, de qualquer forma, todos ao seu redor estavam em perigo, inclusive ele mesmo. E a tacada Stephen, sempre sensacional, faz com que o leitor se apegue aos personagens, mesmo sendo eles tão sombrios quanto Thad.
"(...) só os heróis e desistentes saem com vida, Jack. E eu não sou desistente."
Minha experiência em relação a esse livro foi extasiante. Medo, coração na mão, fiquei presa, insegura, cansada com a ação proposta, e até a última linha, a adrenalina não abaixou.
Coisa comum quando falamos em Stephen King. A narrativa em terceira pessoa aumenta o suspense da obra.
Para os fãs, é mais um livro imperdível. A edição está linda, um verdadeiro luxo.
E para quem não é fã, mas procura um bom clássico de terror para ler, está aqui uma grande dica.
Livro mais que recomendado!
Nenhum comentário:
Postar um comentário