“Aprendi sobre sexo e amor do jeito mais difícil. Que os homens pegam o que querem sem se preocupar em oferecer nada em troca, que tem pessoas que só querem saber de uma coisa e nada mais.”
Antes de se tornar “a” Daisy Jones, ela era uma menina branca e rica, que nasceu em 1951 e foi criada em Hollywood Hill, em Los Angeles, na Califórnia. Possuía todo o dinheiro do mundo, com acesso a qualquer coisa que quisesse, tudo estava ao seu dispor. Dotada de uma voz incrível, não precisava nem se esforçar, por isso, nunca fez aula de canto.
Entretanto, seu pai Frank Jones, um renomado pintor britânico e sua mãe Jeanne LeFreve, uma modelo francesa, viviam fechados no seu próprio mundinho, onde ignoravam a existência de Daisy. Então, ela teve uma infância bem solitária, sem amigos.
Dayse era uma menina linda, comunicativa e interessante, desesperada para criar vínculos com as pessoas. Contudo, não tinha ninguém na vida dela que estivesse interessado em saber quem Daisy era de fato, muito menos seus pais. Por isso, ela só começou a se encontrar, quando passou a frequentar a Sunset Strip, um lugar glamoroso e sórdido. No auge de sua adolescência, no fim dos anos 1969, sua fama teve início.
Daisy conheceu Simone Jackson e as duas logo se tornaram melhores amigas. Simone fazia sucesso internacional cantando hits dançantes de rhythm & blues, no topo das paradas de sucesso.
“Vida boa, né? Só que a vida boa nunca é boa para a vida. Mas isso já é outra história.”
Os Six começaram como uma banda de blue-rock chamada Dunne Brothers em meados dos anos 1960, em Pittsburgh, na Pensilvânia. Billy e Graham Dunne foram criados apenas pela mãe, Marlene Dunne, depois que o pai deles, William Dunne, foi embora de casa em 1954, quando Billy tinha sete anos e Graham 5 anos.
A interação entre Billy e Daisy durante a performance de uma música, deu o pontapé inicial para aquilo que funcionava tão bem em Daisy Jones & The Six. A química entre essas duas vozes era uma coisa que prendia profundamente.
Houve uma mudança de rumo, sem dúvidas, mas que marcou o começo da escalada da banda até o topo. Embora, o fim tão repentino, tenha sido devastador.
“Amor e orgulho não combinam muito.”
Um romance fantástico e envolvente, que contém muita originalidade, com temas muito importantes como o uso excessivo de drogas, o significado da família, feminismo, negligências, entre outros. Narrado a partir de entrevistas, intercala entre os comentários dos personagens, que são complexos e também cativantes, mostrando a trajetória de uma banda fictícia que possui características muito marcantes, revelando claramente os pensamentos e os sentimentos de cada um dos integrantes.
A escrita da autora é encantadora, harmoniosa e ritmada. Tudo se encaixa perfeitamente, fazendo com que o leitor se prenda até o fim da trama.
A capa é linda, num estilo retrô, com um título que sugere uma biografia, mas que vai muito além. A diagramação é ótima e a revisão é exemplar.
Dou cinco estrelas e recomendo para quem procura uma leitura singular!!!
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