( Resenha ) A Torre do Amor - Livro 4 da Série Contos de Fadas de Eloisa James @editoraarqueiro - Clã dos Livros

( Resenha ) A Torre do Amor - Livro 4 da Série Contos de Fadas de Eloisa James @editoraarqueiro

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Editora Arqueiro

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Resenha


A Torre do Amor é o quarto livro da Série Contos de Fadas de Eloisa James lançado pela Arqueiro.








“Pensara nela como se fosse um gole de água pura. No entanto, naquele momento, encarando-a, ela era um rio turbulento, vívido e perigoso. Ela mudaria a vida dele.”











Gowan Stoughton de Craigievar, duque de Kinross e chefe do clã dos MacAulays, costumava evitar ambientes lotados de ingleses, porque acreditava que só sabiam fazer mexericos. No entanto, estava prestes a entrar num salão de baile no coração de Londres, um fato desagradável, mas inevitável, determinado a encontrar uma esposa. 

Entretanto, o lugar estava repleto de damas inglesas, e ele não achava um boa ideia se casar com uma delas. Afinal de contas, as via como uma raça indolente, que passava o tempo todo sem fazer nada além de sorver xícaras de chá e ler romances, enquanto as escocesas, por outro lado, não viam problema em cuidar de uma propriedade com mil ovelhas e ao mesmo tempo criar quatro filhos. 

Já que passava poucos momentos sozinho, Gowan preferiu erguer um muro entre ele e o mundo. Não lamentava a privacidade e detestava perder tempo. Seria tolice fingir que os momentos vividos eram infinitos e eternos, e era justamente isso que, para ele, as pessoas faziam. Estava acostumado a fazer o maior número possível de coisas ao mesmo tempo.

A falecida noiva dele seguia o mesmo molde da avó, que trabalhava do alvorecer até o crepúsculo sem se queixar. Mas, a Srta. Rosaline Partridge acabou morrendo de uma febre contraída durante visitas aos pobres.

Gowan considerava a diligência um dos principais requisitos para uma noiva, além da beleza, pureza e boa educação. A futura duquesa de Kinross não poderia perder tempo. 

“Uma frase lhe veio à mente como se tivesse sido escrita para descrever aquele momento: nunca vi verdadeira beleza até esta noite...”

Gowan foi profundamente surpreendido durante o baile, quando conheceu lady Edith, ou apenas Edie. Os dois dançaram num silêncio confortável, como se tivessem sido feitos um para o outro. Tudo nela era requintado, sereno e encantador. Seria perfeita como sua duquesa. 


Nunca havia percebido o quanto era solitário, até aquele momento. Queria mostrar a ela o que sentia, arrastá-la para trás de uma coluna, envolvê-la em seus braços e beijá-la. Só que Edie ainda não era sua e enquanto isso não se tornasse realidade, ele teria que seguir as regras. 


Um escocês se mantinha leal até a morte. Ao contrário dos inconstantes maridos ingleses, um escocês nunca deixaria que sua escolhida procurasse conforto em outras camas. Portanto, Gowan colocava a lealdade acima de tudo e parecia que seria devorado vivo toda vez que Edie passava de um parceiro de dança para outro antes que enfim o mundo soubesse que ela lhe pertencia. 


“Os lábios faziam uma curva natural, como se ela estivesse escondendo um beijo ou um sorriso, algo que nunca entregara antes a ninguém.”

Durante o baile, Edie se mostrou o completo oposto da realidade, porque estava com uma febre alta, que a impediu de agir naturalmente, mantendo-se sempre muito calada, sem prestar atenção nos detalhes. Contudo, revelou-se o maior sucesso da temporada e isso lhe rendeu a mão e possivelmente o coração do duque de Kinross. 

Talvez, se não estivesse tão doente no próprio baile de debutante, provavelmente não teria se tornado popular. No dia seguinte, as negociações acerca de seu futuro matrimonial já haviam sido concluídas entre seu pai e Gowan, o que deixou Edie ainda mais agitada, porque eles se viram apenas na noite anterior e mal se lembrava da aparência dele. 

Gowan nunca tinha feito algo tão impulsivo antes. Mergulhar em uma das mais importantes decisões de sua vida sem fazer uma pesquisa profunda, tornava tudo ainda mais insano. Todavia, o mais importante era a profunda satisfação que sentia, pois enfim ela lhe pertencia. 

A princípio, Edie ficou muito surpresa com o ocorrido, mas acabou considerando e cedeu ao pedido de casamento. Mas, deixou bem claro que não o amava, não pretendia amá-lo e considerava que o amor estragava o casamento. Contudo, mesmo sabendo o quanto Gowan se mostrava apaixonado, ela insistia em continuar escondendo seus sentimentos, tornando as coisas muito difíceis entre eles.


“Não estava bem certa do que queria dizer. Ela o amava? Soaria como um insulto dizer que gostava dele? Gostava dele. Começava a achar que ele nunca refletia sobre si mesmo, o que era um problema. Mas era como dizer que chocolate quente era marrom demais. Era delicioso, do início ao fim.”




Um romance maravilhoso, com a medida certa de romance e sensualidade. Narrado em terceira pessoa permite que o leitor se aprofunde na trama, envolvendo-se do início ao fim. 

A escrita da autora é incrível. Os personagens são muito bem construídos, com características pontuais. 

A capa é linda, delicada e representativa. A diagramação é ótima, com elementos condizentes e a revisão é exemplar. 

Dou cinco estrelas e, com certeza, recomendo para quem é fã da série e também do gênero!!!

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