“Eu queria ser todas as coisas boas para ele.”
Para cada vampiro, o primeiro Ta’avanut acontecia distintamente. Não havia uma data, porque estava relacionado à maturidade de cada corpo. Mas, com sorte, podia-se viver aquele momento ao lado da pessoa certa. Os pais de Orion Bloodmoor, possuíam um elo de almas gêmeas, uma conexão conhecida como Savach.
Quando os vampiros encontravam a pessoa certa, era como se enfim todas as coisas se harmonizassem. Era muito mais do que amor à primeira vista.
Orion insistia que estava fora de questão encontrar a sua Ma’ahev, a tal prometida. Não acreditava que um dia aquilo aconteceria. Talvez, porque temia encontrá-la.
“Uma sensação inquietante começou a cobrir minha pele. A mesma ansiedade que sentia antes de entrar em um campo de batalha, por mais que eu estivesse segura ali. Algo como calafrios, percorrendo-me de dentro para fora, avisando sobre o que estava prestes a acontecer.”
Warder Tane, o melhor amigo do pai de Mia Black, a indicou para o rei como a Lochem de Orion. Justamente aquela que há séculos atrás morou em King Castle, quando os dois eram apenas crianças que corriam pelos corredores, brandindo espadas, sonhando em se tornar uma guerreira.
O pai de Mia foi capitão da Brigada Real e nomeado general séculos atrás. Devido ao seu destaque como guerreiro, recebeu do rei o apelido que unia parte do sobrenome ao nome do clã Redgold. Tomes Goldblack, como normalmente o chamavam, fez muito pelo reino de Alkmene. A mãe de Mia, Malya Black, nasceu membro da corte, filha de um dos conselheiros do pai do rei Callum.
Ser a Lochem de um príncipe naquela sociedade, era uma das oportunidades mais raras de toda a carreira pela Ordem de Teméria. Sobretudo, sendo Mia a primeira Lochem mulher da história.
Mia foi escolhida pelo que se tornou, uma guerreira exímia, que certamente tornaria Orion um rei muito bem preparado. Afinal, ele fazia tudo a seu modo e há séculos vinha evitando tomar sangue humano. Só o fazia em último caso e misturava com sangue sintético. Em dias comuns, consumia sangue de animais abatidos das fazendas dos humanos.
“… sua boca estava na lista de coisas mais bonitas naquele rosto. Os caninos ficaram à mostra, somados ao conjunto de dentes muito brancos em constrate com a boca vermelha-escura. Eletricidade dançou por minha pele quando Orion desviou os olhos do pai para mim.”
Orion havia se tornado um vampiro devastadoramente bonito, mais do que qualquer outro que Mia conheceu durante sua existência. Cada vez que estava perto dele, travava uma batalha interna com os seus sentimentos.
Embora, mesmo com toda a relutância de Mia, não havia mais como negar, a conexão entre ela e Orion foi estabelecida. O Savach aconteceu. Ela era a Ma’ahev dele e os dois estavam destinados a ficarem juntos para sempre.
“Diante das palavras de Mia, meu último pensamento me assustou: essa vampira é magnífica como guerreira, mas seria ainda melhor como uma rainha.”
As coisas estavam ficando cada vez mais complicadas. A cada dia, o corpo de Mia passava a implorar mais por Orion. E a cada hora, se aproximavam de uma maneira que nunca conseguiram com outra pessoa. Tudo parecia tão certo.
Já não havia alternativa. Principalmente, quando o coração tinha voz própria e mandava que se entregassem. Só precisavam aceitar.
“Segurei o queixo de Mia, e ela abriu a boca como se quisesse ser beijada. Levei meus lábios com pressa para o seu pescoço, guiando a língua por todo o ponto pulsante, lambendo-a e experimentando o sabor da sua pele pela primeira vez.”
Um romance erótico fantástico, com romance intenso, uma pitada de mistério e muitas cenas quentes de tirar o fôlego. Narrado em primeira pela intercala entre os pontos de vista dos protagonistas, Orion e Mia, que são sensacionais.
A escrita das autoras é perfeita, me envolveu do início ao fim. Toda a trama é muito bem construída, com personagens incríveis que me conquistaram.
A capa é linda, tem tudo a ver com o tema. A diagramação é ótima e a revisão também.
Dou cinco estrelas e, sem dúvidas, recomendo!!!
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