( Resenha ) Como Ser um Supervilão de Michael Fry @astralcultural

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Resenha

Já imaginaram como é a vida de um super-herói? E de um supervilão? Os holofotes mostram duelos históricos, com lutas incríveis. Heróis precisam defender o mundo. E vilões... bem, precisam dominá-lo.

Nessa realidade paralela, onde heróis e vilões já não podem mais lutar como antigamente (as cidades precisam ser mantidas, entendam de uma vez que não dá pra sair por ai derrubando prédios); vive o pequeno Victor, um garoto, filho de supervilões famosíssimos, que parece não ter nascido com o gene para a maldade.

"Ser mau é algo que exige que a pessoa não tenha imaginação. Você não pode se dar ao luxo de imaginar o que pode acontecer se fizer uma coisa ruim."

Victor é bom. Ele é um bom filho, não quebra regras. E isso é uma vergonha. Ele não consegue ao menos correr com uma tesoura na mão. Preocupados, os pais de Victor ao perceberem que seria impossível fazê-lo trilhar pelo caminho do mal; fazem com que o garoto se torne o pupilo do vilão Mancha.

Com poderes um tanto que exóticos (Mancha, como o nome sugere, tem o poder de manchar pessoas - com melecas, tintas, dentre outras substâncias), o vilão se encontra em decadência. Já não é tão temido como nos velhos tempos... E Victor precisará aprender lições valiosas para não se tornar um simples civil.

O livro é uma graça do início ao fim. Voltado para o público infantil, temos uma história que consegue reunir a família e garantir boas e altas risadas. Isso porque o autor utiliza de bom humor para a criação de um enredo mágico, que mistura fantasia com algumas praticidades do nosso dia-a-dia.

E tem mais: mesmo sendo uma história de ficção, a busca do protagonista por seu "lugar ao mundo", a relação familiar, a descoberta das suas qualidades (e defeitos), se enquadram perfeitamente ao universo infantil; rendendo conversas notáveis e necessárias quanto a realidade da própria criança.

"(...) supervilões não passam o tempo inteiro pensando somente em dominação mundial e tortas. Há burocracia também. Sempre há burocracia."

Eu me diverti muito! É um livro fofo ao extremo. 

Narrado em primeira pessoa pelo Victor, ainda temos alguns cartuns do autor, que garantem ainda mais diversão no momento da leitura.

O livro tem continuação, que em breve será resenhado aqui no blog também. 

É com certeza, um ótimo presente para a criançada.