( Resenha ) O Jardim Secreto de Frances Hodgson Burnett @editoraZahar - Clã dos Livros

( Resenha ) O Jardim Secreto de Frances Hodgson Burnett @editoraZahar

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Leia a sinopse AQUI.

Resenha

Mary Lennox se tratava de uma criança de aparência desagradável que nasceu na Índia e vivia doente de alguma coisa. Seu pai, funcionário do governo inglês na colônia, andava ele próprio sempre doente e ocupado, já a mãe era uma mulher muito bonita que só queria saber de festas e se divertir em boa companhia. Nunca desejou ter filhos, portanto, quando Mary nasceu entregou-a aos cuidados de uma aia, deixando claro à criada que, se quisesse agradar a patroa, sua nem sahib, deveria tirar a criança de vista tanto quanto possível. 

Desta forma, Mary sempre foi mantida longe dos pais, os únicos rostos familiares eram de sua aia e dos outros criados nativos que costumavam fazer suas vontades. Aos seis anos, ela era a criança mais tirana e egoísta que já se viu. Não fosse pela grande vontade de saber o que diziam os livros, talvez nunca tivesse aprendido a ler. 

Até que, aos nove anos de idade, Mary viu de perto a tragédia causada pela cólera, em sua forma mais fatal. A doença atingiu a cidade, e as pessoas estavam morrendo como moscas. Havia pânico por toda parte. Mas, ela sequer chorou diante da morte de sua aia, porque não era afetuosa e nunca se importou muito com ninguém. 

Depois de passar tempo demais sozinha e esquecida dentro de casa, em um silêncio assustador, Mary foi encontrada por alguns oficiais, pois não sobrou ninguém para buscá-la. Daquela forma, estranha e repentina, ela descobriu que os pais haviam morrido, e que os poucos criados sobreviventes tinham abadonado o lugar às pressas, sem que nenhum deles se lembrasse da existência dela.


“É muito triste, agora que aquela mulher tão linda se foi, pensar que muitas pessoas nem sequer sabiam que tinha uma filha.”

Então, Mary foi mandada para a Inglaterra, mais especificante para a Mansão Misselthwaite, onde morava seu tio, Archibald Craven, conhecido por ser tão mal-humorado que não permitia que ninguém se aproximasse, pois não se importava com ninguém e não queria ver ninguém. Assim sendo, passava a maior parte do tempo viajando, e quanto estava em Misselthwaite se trancava na ala oeste e não deixava ninguém ir até lá. 

O lugar era grande e majestoso, mas meio sombrio e triste, e o sr. Craven tinha certo orgulho daquilo. A casa tinha seiscentos anos e ficava localizada à margem de uma charneca, tudo parecia tão diferente da Índia, e qualquer coisa diferente atraía Mary. 

Ela teria que brincar sozinha e cuidar de si mesma, sem jamais bisbilhotar, porque o sr. Craven não tolerava esse tipo de coisa. Mas, como era uma menina muito curiosa e sempre fazia o que queria, ela tanto fuçou que encontrou um jardim secreto, cuja entrada era proibida, e se empenhou para entrar, determinada a descobrir porque seu tio odiava tanto aquele lugar e quais os mistérios escondia por trás daqueles muros. 

“Começou a se perguntar por que nunca havia tido a sensação de pertencer a alguém, mesmo quando seu pai e sua mãe ainda eram vivos. As outras crianças pareciam pertencer a seus pais, mas ela nunca tinha sido a filha de ninguém.” 

Um livro emocionante, cativante e inesquecível, que se tornou um dos meus clássicos favoritos da vida, desde que o li pela primeira vez na infância, quando o peguei emprestado na biblioteca da cidade onde moro. Narrado em terceira pessoa proporciona uma leitura mais crível e objetiva, focando nos fatos e nos acontecimentos, levando o leitor para dentro de uma história que, com certeza, tocará seu coração. 

A escrita da autora é leve, profunda e envolvente. Toda a trama é muito bem desenvolvida, num cenário magnífico descrito em detalhes. 

A capa é linda, tem tudo a ver com o conteúdo. A diagramação é ótima e a revisão é exemplar. 

Dou cinco estrelas, favorito e recomendo para todos!!!

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