Editora Suma
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Resenha
Castle Rock é uma cidadezinha localizada no Maine. Bem, quem ama as histórias de Stephen já ouviu falar muita coisa a respeito dela.
Mesmo com toda a mitologia envolta da cidadezinha, infelizmente (ou felizmente, a depender do seu ponto de vista), Castle Rock existe apenas em nossas imaginações. Stephen King a criou e ela foi cenário de muitas histórias sinistras.
E agora, viajaremos novamente para Castle Rock. Desta vez, para conhecer a misteriosa caixa de Gwendy.
Gwndy é uma jovem menina que luta para perder peso. Por isso, diariamente, sobe e desce a escadaria que dá acesso à Castle View; conhecida como Escadaria Suicida.
É em um desses dias que ela conhece o senhor Farris. Gwendy, com apenas doze anos, sabia que não devia falar com estranhos. E muito menos aceitar "coisas" de estranhos.
Mas acontece que o senhor Farris estava "vigiando" Gwendy há algum tempo, sabendo, dessa forma, algumas curiosidades a respeito da garota. E foi assim que a conversa peculiar entre eles alavancou. Farris então, presenteia Gwendy com uma caixa exótica.
"Tenho uma coisa para você. Um presente. Porque você é especial."
Tal caixa, com vários botões de cores diversas ao seu redor, parecia ser mágica. Com apenas um clique, um dos botões liberava um chocolate em forma de animal, tão perfeito do ponto de vista estético, tão saboroso do ponto de vista gastronômico. Outro botão, liberava moedas antigas, valiosas.
Gwendy não sabia para que serviam os demais botões. Tão pouco o motivo de ser a escolhida para ficar com a pequena caixa. Mas ela a aceitou. E com apenas doze anos, mesmo sem entender os poderes da caixa, tinha a compreensão de que estava com algo valioso e perigoso em mãos.
"Cuide da caixa. Recomendo que você não deixe ninguém encontrá-la, não só seus pais, porque as pessoas são curiosas. Quando veem uma alavanca, querem puxá-la. E quando veem um botão, querem apertá-lo."
A medida que Gwendy cresce, deixa para trás a pré-adolescente gordinha que sofria bullying na escola. A beleza única que possui encanta. Sua inteligência se destaca. Seriam os chocolates?
A cada dia a vontade de apertar os demais botões cresce na garota. Mas, o que poderia acontecer com um simples clique? Até onde a caixa interfere no destino de Gwendy e da própria humanidade?
A Pequena Caixa de Gwendy traz uma história mágica e encantadora. Os autores criaram um enredo que prende, em volta dos mistérios desconhecidos de um objeto.
Ficamos intrigados, com medo e ao mesmo tempo torcendo para que a personagem aperte todos os botões para sabermos de todos os poderes da caixa.
A personagem principal cativa o leitor, e o que mais encanta é o fato dela não ser gananciosa. Gwendy é precavida, empática e completamente apaixonante.
Mas, preciso adiantar que como todo ser humano, é curiosa e está em fase de descobertas; assim sendo, a caixa acaba se tornando seu maior presente e sua maior maldição.
"(...) segredos são um problema, talvez o maior de todos. Pesam na mente e ocupam espaço no mundo."
Os poderes do objeto encantado, por assim dizer, assustam e encantam. Fiquei maravilhada, pois o livro traz uma fantasia simples, porém mágica.
Temos um horror impregnado, pois ainda estamos nos referindo à uma obra de Stephen. Mas nada pesado. Do meu ponto de vista, é uma obra mais voltada para a fantasia, tendo apenas migalhas de terror e horror.
"(...) apagar gente do mundo, seja por assassinato ou desaparecimento, é uma ideia muito ruim. Explodir qualquer lugar também."
Foi uma leitura prazerosa, infelizmente muito rápida. Confesso que queria mais páginas!
Eu repeti muitas vezes a palavra encanto em minha resenha. E desculpem, mas precisarei usá-la mais uma vez para me referir à edição. É realmente um encanto, que nos remete às obras antigas, ao estilo livros de contos de fadas.
A narrativa é em terceira pessoa, o que permite com que o suspense seja ainda mais instigante.
Capa dura, ilustrações magníficas de Ben Baldwin e Keith Minnion. Foi uma parceria de autores e artistas magnífica, que deram origem a um livro único e inesquecível.
Estou completamente empolgada e me faltam elogios. Resta a mim indicar fervorosamente a leitura do livro, que entrou na lista dos meus favoritos.
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